Secretaria pede à Agetran para sinalizar área onde vivem macacos

A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) vai fazer estudo para saber se o espaço onde vivem dezenas de macacos-pregos e saguis, localizada no prolongamento da Vitor Meireles, no Jardim Itamaracá, é de interesse ambiental, pois o local é uma área particular. Além disso, o órgão vai encaminhar ofício para a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) solicitando providências quanto a sinalização reivindicada pelos moradores da região.
Por se tratar de um espaço particular, a qualquer momento pode ser realizada uma construção no local. O major da PMA (Polícia Militar Ambiental) Ednilson Queiroz explica que no futuro os animais podem desaparecer dali para procurar fragmentos de floresta em outra região, próxima dali. “O ideal seria que os bichos fosse removidos para uma área de proteção ambiental”, destaca.
No entanto, o major destaca que a ação da Prefeitura não é comum, pois quando começa o processo de urbanização os próprios animais procuram a sobrevivência e se adaptam em outro local com mata. "Porém, o espaço perde uma área de reprodução", lamenta Queiroz.

Em Campo Grande, basta dar uma volta na cidade para ver a quantidade de animais silvestres que se acostumaram a dividir espaço com o homem. Na região do Lago do Amor, por exemplo, as capivaras até param o trânsito para atravessar, tranquilamente, a rua com a família.
Na saída para Três Lagoas, atrás do residencial Damha I, uma passarela foi feita para os primatas andarem de um lado para o outro da mata, sem correr o risco de ser atropelamento.
Os macacos, que são extremamente inteligentes e ativos, dão show de simpatia, no entanto, o processo de urbanização preocupa, principalmente para quem gosta de conviver com a natureza. “O ideal seria a fazer aqui, também uma passarela”, sugere a dona de casa, Lurdes Nicola, 52 anos, que mora na região do Itamaracá.
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