Sete cidades de MS entram em lista nacional sobre o risco de desastre climático
Campo Grande é uma das suscetíveis a inundações, deslizamentos e enxurradas, conforme dados do Governo Federal
Mato Grosso do Sul tem sete municípios suscetíveis a algum tipo de desastre climático como deslizamentos, enxurradas e inundações. Campo Grande é uma das cidades que constam no levantamento feito pelo Governo Federal através da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, órgão vinculado à Casa Civil.
A pesquisa tem como base os dados do Atlas de Desastre e Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, que analisou eventos climáticos no País entre 1991 e 2022. Para contabilizar as regiões e respectivas cidades foram levados em consideração vários critérios, por exemplo: 10 ou mais registros de desastres, apresentar o número de 900 ou mais pessoas desabrigadas, apresentar 500 pessoas, ou mais, identificadas em áreas mapeadas com risco geo hidrológico.
Seguindo esse último critério, conforme a Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, a região Centro-Oeste mantém a menor porcentagem de registro de eventos e também de pessoas expostas aos riscos. Enquanto Mato Grosso apresenta o maior número de municípios mais suscetíveis com 40 listados, Mato Grosso do Sul tem 28.
Ainda assim, o levantamento indica que o Estado tem a maior quantidade de pessoas mapeadas em áreas de riscos, com 25.092 mil.
Entre as 28 cidades que apresentam algum tipo de risco biológico, sete foram classificadas como críticas por estarem suscetíveis a três: deslizamentos, enxurradas e/ ou inundações. Na lista estão: Campo Grande, Corumbá, Coronel Sapucaia, São Gabriel do Oeste, Mundo Novo, Bataguassu e Três Lagoas.
Já outros 19 municípios estão sujeitos a dois tipos de riscos de fenômenos: enxurrada e inundação. Foram listados Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, Porto Murtinho, Miranda, Aquidauana, Bonito, Nioaque, Bela Vista, Amambai, Ponta Porã, Itaquiraí, Dourados, Deodápolis, Ivinhema, Batayporã, Santa Rita do Pardo, Brasilândia, Água Clara, Cassilândia. Para fechar o balanço tem Eldorado e Naviraí, ambos vulneráveis a registros de inundações.
O mapeamento do Governo Federal, por meio da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, começou em 2011 após Teresópolis (RG) ser atingida por fortes chuvas. Considerado maior catástrofe geo hidrológica do País, a tragédia deixou 900 mortos, pelo menos 350 desaparecidos e milhares de desabrigados
A nível nacional pelo menos 1.942 municípios do Brasil estão situados em área de risco recorrente para desastres climáticos.
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