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Meio Ambiente

Sobrevoo identifica incêndio na fronteira entre Brasil e Bolívia

Brigada Alto Pantanal e Prevfogo darão sequência ao combate ao fogo neste sábado (27)

Por Gustavo Bonotto | 26/07/2024 21:09

A Brigada Alto Pantanal, pertencente ao IHP (Instituto Homem Pantanal), sobrevoou o Pantanal sul-mato-grossense e detectou fogo em área que fica próxima a fronteira entre Brasil e Bolívia. A direção do vento poderá influenciar o avanço das chamas, que podem atingir diretamente a Serra do Amolar, de acordo com o instituto.

O incêndio foi avistado na manhã de ontem, levando a um sobrevoo para avaliar as condições de acesso e monitorar o fogo. As operações de combate, que envolvem 21 pessoas diretamente, continuam neste sábado (27).

A mobilização conta com a colaboração dos brigadistas do Prevfogo/Ibama, além de funcionários de fazendas na área da Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar.

Até o início desta semana, a brigada já havia realizado ações de proteção em outras áreas, incluindo a manutenção de áreas replantadas com mais de 25 mil mudas na rede de proteção de Acurizal. Em junho, os brigadistas enfrentaram e controlaram incêndios na região, com o apoio de ribeirinhos, funcionários de fazendas e, inclusive, do Exército boliviano.

A região da Serra do Amolar, no Pantanal, tem uma importância significativa para o ciclo de cheia no bioma. O biólogo no IHP, Wener Hugo Moreno, detalha que o território exerce diferentes funções. "Formando uma barragem natural com a morraria que ocorre ao longo do Rio Paraguai, a Serra do Amolar, na planície de inundação, funciona como um funil que controla o fluxo das águas norte - sul que moldam o atraso do pulso de inundação, assim inundado as diversas baías e lagoas que se encontram na região acima. Caracterizando assim o chamado gargalo Paraguai", explicou o especialista em nota à imprensa.

Combate - Além do incêndio em área de difícil acesso, na Nhecolândia, as equipes de combate ao fogo enfrentam a reignição na região do Rabicho, em Corumbá, por conta dos ventos e da baixa umidade relativa do ar. As equipes ainda estão de olho na região de fronteira, onde há registro de incêndio, no lado boliviano do bioma.

Para a reportagem, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Frederico Reis Salas, disse que cerca de 50 militares estão na linha de fogo na região do Rio Negro, na Nhecolândia, onde o fogo começou após incêndio em caminhão, atolado na areia, na terça-feira (23). Um dia depois, quatro guarnições de combate chegaram ao locam e ontem, 11 militares foram transportados de helicóptero para a área.

Já em uma área alagada na fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia, na região conhecida como Bonfim, o incêndio florestal no país vizinho é monitorado por satélite, com dados em tempo real pelo SCI (Sistema de Comando de Incidentes), e ainda presencialmente pelos bombeiros.

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