Uso de sacolas biodegradáveis é tema de audiência na Câmara
O uso de sacolas biodegradáveis foi tema de audiência pública na manhã de hoje (13), na Câmara Municipal de Campo Grande. O debate reuniu ambientalistas, sindicatos e empresários do setor e o assunto dividiu opiniões. As sacolas biodegradáveis foram criadas com o objetivo de reduzir os problemas ambientais causados pelas sacolas utilizadas hoje no comércio.
O presidente do Sindicato dos Supermercados da Capital, Adeilton Feliciano Prado, diz que concorda com as substituição das sacolas usadas hoje em supermercados pelas biodegradáveis, desde que o projeto não obrigue os estabelecimentos a fazer a distribuição gratuita. “No meu entendimento as sacolas deveriam ser cobradas, pois assim, o consumidor daria mais valor ao produto”, diz.
Conforme o presidente do Sindipan (Sindicato da Panificação), Marcelo Alves Barbosa, a proposta é importante e precisa de discussão com relação às multas, que o Projeto propõe para quem não cumprir, pois envolve toda a sociedade e deve começar com a educação das crianças no colégios”, disse. A multa é de R$ 1 mil para quem não cumprir.
O diretor do Instituto Nacional do Plástico, Paulo Dacolina, veio de São Paulo para apresentar estudo feito na Inglaterra, defendendo o uso das sacolas plásticas. “Todo material de plástico é passível de reciclagem mecânica e uma delas é transformar o objeto em um novo produto”, diz. Outra solução, conforme Paulo Dacolina, seria reforçar as sacolas plásticas para que o uso fosse reduzido.
Já Gisele Marques, membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) diz que o uso de sacolas mais resistentes para que se utilize sacolas é válido, no entanto, seria ótimo se o consumidor tivesse que pagar sacolas biodegradáveis. “É o preço que nos temos que pagar para não degradar o meio ambiente”, destaca.
A substituição é tema de Projeto de Lei Complementar que está em tramitação na Casa de Leis, de autoria dos vereadores Chiquinho Telles e Eduardo Romero. A discussão em audiência pública foi sugerida pelo vereador Paulo Pedra para debater a questão com a classe empresarial.