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Cachorro no saco? técnica de ozonioterapia pode salvar seu pet

Médica veterinária explica sobre o tratamento, para que serve e as contraindicações do método terapêutico

Por Natália Olliver | 22/03/2025 07:31
Cachorro no saco? técnica de ozonioterapia pode salvar seu pet
Procedimento chamado 'Bag' é feito para dermatofitose e problemas de pele (Foto: Arquivo pessoal)

Cachorro em saco plástico? Calma, não precisa ter medo. Apesar de estranho à primeira vista, se trata de um tratamento feito com ozonioterapia para cuidar da pele dos pets. O método pode ser diferente, mas a médica veterinária, Anelize Sayuri Yoshikawa, afirma que ajuda no combate à dermatofitose - infecção causada por fungo - e inúmeras outras condições ou doenças  que afetam os bichinhos.

A técnica é uma alternativa terapêutica para diversas doenças, tanto em humanos quanto em animais. Ela usa o gás ozônio para estimular o organismo. Isso aumenta a oxigenação das células e fortalece o sistema imunológico. Além disso, tem efeito antioxidante, ajudando na recuperação de cães e gatos.

A veterinária da clínica Bourgelat,  explica que o procedimento atua como bactericidas, fungicidas e antivirais e que também pode auxiliar  em casos de diabetes, doenças autoimunes, câncer, artrite e artrose, além de acelerar a cicatrização de feridas.

Segundo ela, o tempo de cura, quando usado o método, pode ser reduzido pela metade, o que torna a recuperação muito mais rápida.

“É muito bacana porque dá uma ajuda. O tempo de cura reduz em 50%, é muito legal. Então um animal que demoraria a sair ou a se curar, você consegue ter uma resposta muito boa dele. A ozonioterapia tem mostrado ótimos resultados, especialmente em animais idosos ou com doenças crônicas”.

As aplicações são feitas semanal ou quinzenalmente. Anelize acrescenta que o tratamento melhora a disposição e a qualidade de vida dos bichinhos.

Cachorro no saco? técnica de ozonioterapia pode salvar seu pet
Médica veterinária Anelize Sayuri durante aplicação das ozonioterapia (Foto: Arquivo pessoal)

“Eu sempre falo para o tutor, que tudo depende do animal ter a resposta. Se na primeira aplicação ele ver uma melhora, então a gente consegue visualizar essa resposta no tratamento".

Outra vantagem do tratamento é que cães e gatos demonstram menos dor após as aplicações. Mas é preciso atenção. Apesar de ajudar bichinhos mais velhos, há contraindicações. A médica ressalta que a ozonioterapia não é indicada para animais que estão com doenças graves em fase terminal.

“A gente não consegue atender por exemplo se estiverem muito anêmicos a ponto de precisarem de transfusão sanguínea ou muito prostrados, porque o ozônio acaba debilitando mais ainda o animal que já está assim. Então, o ideal é fazer quando ele ainda está doente ou quando o tutor acabou de descobrir que ele está doente”.

Animais com problema de artrose, que precisam melhorar a imunidade, podem fazer o procedimento semanalmente ou a cada 15 dias.

“Com isso o animal consegue ter uma melhor atividade, melhor resposta em casa, fica mais ativo, come melhor, fica mais feliz e tira a dor. Existem resistências de algumas pessoas que ainda não têm o entendimento e não acreditam que a ozonioterapia funcione. Quando eles chegam os donos já tentaram de tudo”.

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