Escolha do "ninho tucano" visa crescimento do PSB, diz vereador Carlão

O PSB (Partido Socialista Brasileiro) quer deixar de ser coadjuvante em Mato Grosso do Sul.
Para isso, a legenda tem construído alianças para fortalecer o projeto político e permitir o crescimento no Estado. Nas eleições municipais deste ano, o partido irá apoiar o nome do deputado federal Beto Pereira (PSDB) na disputa pela Prefeitura de Campo Grande.

Em entrevista ao podcast Na Íntegra, do Campo Grande News, na tarde desta quinta-feira (27), o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), conta que viu PSB diminuir diante da polarização política que teve início em 2018.

“O PSB já teve 32 vereadores em Mato Grosso do Sul, hoje temos apenas seis. E na Capital [tínhamos dois] e agora temos apenas um”, compara. “Isso é resultado dessa disputa entre esquerda e direita e o nosso Estado é do agro, então a direita cresceu bastante e a esquerda diminuiu. Essa queda não foi só do PSB”, completou.

Ao lado do ninho tucano, o presidente do Diretório Municipal do PSB tem planos para as próximas disputas. “Iniciamos projeto para o partido crescer no Estado. Temos um deputado estadual [Paulo Duarte] e queremos eleger um deputado federal”, disse. Para Carlão, a escolha do PSDB foi natural, por acreditar que esta é a melhor escolha para a Capital.

O presidente da Câmara afirma que o partido poderá contribuir com a indicação de quadros técnicos na administração municipal, caso o tucano seja eleito. “Vamos poder participar do projeto do PSDB e colocar em prática o que pensamos para área social de Campo Grande”, ressaltou. O parlamentar explicou que é preciso que haja a atuação antes que os problemas cresçam e deu exemplo do aumento de moradores de rua.

“Campo Grande tinha 680 moradores de rua há quatro anos, hoje temos 1780. Esse dado chegou até mim como presidente da Câmara por órgãos municipais. Temos que receber 30% dessas pessoas vieram para Ribas do Rio Pardo, perderam as oportunidades e não conseguem voltar”, exemplificou.

Questionado sobre os projetos para compor a chapa majoritária, Carlão afirmou que estão em segundo plano no momento, e que o foco agora é a pré-campanha a vereador e o final do mandato à frente da presidência da Casa de Leis. A conversa deve voltar para pauta no próximo mês, com o início das convenções.

“Aquela história de ser vice eu não vou ficar alimentando isso porque nós temos trabalhar no nosso mandato para cuidar da Câmara, dos outros 28 vereadores, porque eu sou o presidente da Câmara e tenho que fazer as pautas, o andamento dos projetos, vamos votar a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentária]”, finalizou.

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