“Bandidos e picaretas”, diz Reinaldo sobre JBS ao defender incentivos
Governador do Estado voltou a afirmar que vai apresentar provas e "provar sua inocência"
Nesta quarta-feira, 26, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), voltou a defender a política de incentivos fiscais e a disparar contra a JBS, cujos donos fizeram delação premiada apontando irregularidades no Estado. Ele esteve na inauguração da nova unidade do Fort Atacadista, em Campo Grande.
“Temos de separar o joio do trigo. Um grupo de bandidos e picaretas fez delação premiada. Fizeram condenações, mas temos o direito de defesa apesar de criminalizarem a política”, disse, ressaltando que o governo de MS possui 1.999 empresas que recebem incentivos fiscais, "que geram empregos e oportunidades".
Voltou a dizer que vai provar a inocência “nas instâncias cabíveis”. “No momento oportuno, vamos provar que eles quiseram fraudar o fisco e ficaram contrariados quando resolvemos igualar os incentivos de acordo com o cadeamento econômico de cada atividade”.
Ao iniciar seu discurso, Azambuja recebeu vaias da parte da plateia que acompanhava a inauguração, mas também aplausos de outro grupo. Justamente por isso, o governador falou novamente sobre o assunto.
Entenda – O depoimento de Wesley Batista, um dos donos da JBS, à Operação Lava Jato, revelou que esquema de troca de incentivos fiscais por propina passou por três governos de Mato Grosso do Sul. Os ex-governadores Zeca do PT e André Puccinelli (PMDB), além do atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), foram beneficiados, segundo o delator.
O governo atual, segundo a delação, recebido do grupo JBS R$ 45.631.696,03.