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Política

Advogados apontam denúncia 'sem pé nem cabeça' e preparam contraofensiva

Defensores de denunciados convocaram entrevista coletiva para falar sobre o que consideram falhas no processo

Michel Faustino | 26/07/2016 14:44
O advogado Fábio Trad que defende o vereador Ayrton Saraiva (DEM) na ação. (Foto: Arquivo)
O advogado Fábio Trad que defende o vereador Ayrton Saraiva (DEM) na ação. (Foto: Arquivo)

Advogados que representam pelo menos 10 dos 24 denunciados na Operação Coffee Break, preparam uma contraofensiva na tentativa de apontar e expor falhas consideradas 'gravíssimas' cometidas pelo do Gaeco (Grupo de Atuação e Repreensão ao Crime Organizado), braço do MPE (Ministério Público Estadual) autor da investigação, a respeito de suposto esquema de corrupção montado para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). O grupo convocou coletiva para a manhã de quarta-feira (27), quando promete apresentar elementos afim de contrapor a denúncia, que tramita na Justiça.

O advogado Fábio Trad, que defende o vereador Aírton Saraiva (DEM), adianta que a iniciativa trata-se justamente de uma estratégia para tentar contrapor as acusações que, segundo ele, têm sido expostas de maneira desproporcional, inclusive, por meio da própria imprensa.

“Até agora, o MPE tem agido intensamente e nós (defesa) não tivemos a oportunidade de nos manifestarmos. Da mesma forma que eles (MPE) convocaram uma coletiva para expor a todos, queremos utilizar o mesmo artifício para mostrar à opinião pública a vulnerabilidade desta denúncia”, diz Trad, reiterando a prerrogativa diante de suposto cerceamento de defesa, o que contraria o Código Penal.

“O Ministério Público tem errado por inúmeras vezes de forma estranha e grave, tendo ainda sonegado dados na peça acusatória que, convenhamos, é sem pé nem cabeça , argumenta o advogado Renê Siufi, que defende o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e os vereadores Paulo Siufi (PMDB) e Edil Albuquerque (PTB).

O defensor lembra que, inclusive, por falha do próprio órgão, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) estendeu em mais 15 dias o prazo a todos os advogados para emendar ou apresentar defesa preliminar baseada nos dados “sonegados” na denúncia.

O desembargador Luiz Claúdio Bonassini da Silva acatou e reconheceu argumento apresentado pela defesa do empresário João Amorim de que dados foram omitidos na peça acusatória e mandou a PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça), incluir na denúncia as mídias digitalizadas e transcritas apontando provas dos supostos crimes de vereadores e empresários.

Nesta terça-feira (26), o procurador-geral de Justiça, Paulo César dos Passos, se manifestou afirmando que “o MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) não ocultou provas e nem tem qualquer intenção de prejudicar a ampla defesa".

Coletiva- A coletiva esta marcada para às 9h no Hotel Bahamas, Centro de Campo Grande.

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