Alegando infidelidade, petistas sonham em pôr Egon na vaga de Russo no Senado
Após a eleição de Marisa Serrano (PSDB) para a vaga de conselheira no TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado) nesta quarta-feira, deputados petistas especularam pleitear a suplência do Senado para o ex-secretário do Estado, Egon Krakhecke, no lugar de Antônio Russo Netto, primeiro suplente da senadora.
A reivindicação dos petistas se apoia numa possível comprovação de infidelidade partidária por parte de Russo. Ele foi eleito em 2006, filiado ao PR, deixou o partido, foi para o PSDB e recentemente se desfiliou do ninho tucano. Agora, segundo informações do próprio PSDB, ele está sem partido, no entanto, deve voltar ao PR.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) informou que a assessoria jurídica petista vai estudar o caso. “Se houver brecha, vamos reivindicar”, garantiu.
No campo das especulações, caso Russo ficasse impedido de assumir a vaga, o substituto imediato é o segundo suplente, Ruben Figueiró.
No entanto, Kemp se escora numa declaração de Figueiró, que, segundo ele, afirmou não ter interesse em assumir o cargo.
A partir daí o pedido petista é que o segundo colocado na eleição de 2006, no caso Egon, que recebeu cerca de 40% dos votos, assumisse.
Contudo, pesa contra o sonho do PT a legislação atual, que dá o cargo ao suplente e esnoba o segundo colocado. O petista Paulo Duarte, por exemplo, apoia a ideia, mas acredita que não irá prosperar.
“É um absurdo um suplente sem voto assumir uma vaga no Senado. O Egon pelo menos teve 40%, mas fazer o quê? É a legislação vigente, uma regra equivocada que só uma reforma política pode mudar”, pontuou o parlamentar.
O diretório do PSDB ignora a iniciativa, apoiado na própria legislação, além de considerar remota a possibilidade, caso o primeiro suplente fique impedido, que Ruben Figueiró se decline da função.
Além disso, a assessoria jurídica tucana informa que, mesmo sem partido, o Senado convoca o primeiro suplente, automaticamente, a partir do momento que o cargo de Marisa for declarado vago.