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Política

Avanço da ômicron e apagão de dados levam senadores a cogitar nova CPI

Para ser criada a comissão são necessárias as assinaturas de um terço dos 81 membros da Cas de Leis

Flávio Veras | 12/01/2022 20:08
Renan Calheiros, Aziz, Randolfe e Eliziane criticam atuação do governo federal no combate à pandemia. (Foto: Agência Senado / Arquivo)
Renan Calheiros, Aziz, Randolfe e Eliziane criticam atuação do governo federal no combate à pandemia. (Foto: Agência Senado / Arquivo)

A continuidade do "apagão de dados" da saúde, que tem dificultado uma avaliação precisa da situação da covid-19 no Brasil, em meio à propagação da variante ômicron e à polêmica sobre a vacinação de crianças, foi tema de comentários dos senadores nas redes sociais nos últimos dias.

Segundo a Agência Senado, um deles, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou nesta terça-feira (11) ter protocolado requerimento de nova CPI sobre o tema, nos moldes da ocorrida em 2021.

Para uma CPI ser criada, são necessárias as assinaturas de um terço dos 81 membros do Senado, ou seja, 27 senadores. Randolfe, que foi vice-presidente da CPI da Pandemia, citou uma série de novos motivos para o requerimento, além do apagão de dados:

"Entre outros pontos, teremos como foco: atraso e insuficiência na vacinação infantil; insuficiência de provisão para doses de reforço em 2022; ataques do presidente da República aos técnicos da Anvisa e à vacinação da população adulta e infantil; a insuficiência da política de testagem; e o apagão de dados do Ministério da Saúde, com as suas consequências no correto monitoramento da evolução da pandemia", escreveu.

Relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL) declarou apoio à proposta de Randolfe de uma nova CPI, opinando que já existem "fatos novos e determinados" que justificam sua abertura:

"Boicote à vacinação infantil, apagão de dados no Ministério da Saúde, tocado por um sabujo, além da explosão de casos. Bolsonaro é um delinquente reincidente. O Congresso está omisso diante do resgate do genocídio. Eles só respeitam CPI", concluiu, referindo-se ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

No site do Ministério da Saúde, diversas páginas de serviços sobre a covid-19, como o Painel Coronavírus, que informa o número de óbitos, e o LocalizaSus, que reúne dados sobre vacinação, continuam com dados defasados ou instáveis desde dezembro.

Segundo o Ministério da Saúde, o aplicativo ConecteSUS foi restabelecido no dia 23 de dezembro. Desde então, porém, usuários continuam a relatar demora na atualização das informações.

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