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Política

Buscando reeleição, deputados de MS têm 7 vezes mais dinheiro do Fundo Eleitoral

Em média, os candidatos a deputado federal com esse perfil, recebem cerca de R$ 1,8 milhão do Fundo Eleitoral

Guilherme Correia e Gabriel de Matos | 28/09/2022 11:34
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Seis candidatos a deputado federal buscam reeleição e receberam dinheiro do "Fundão". (Foto: TSE)
Seis candidatos a deputado federal buscam reeleição e receberam dinheiro do "Fundão". (Foto: TSE)

Deputados federais que buscam reeleição receberam mais de sete vezes o total de dinheiro do FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha), o Fundo Eleitoral, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) analisados pelo Campo Grande News nesta quarta-feira (28).

Das 113 candidaturas analisadas pela reportagem, seis buscam reeleição - foram eleitos ou assumiram o mandato durante os últimos quatro anos.

Ao todo, os que não buscam reeleição receberam R$ 26.141.476,58 e os que querem permanecer nos cargos receberam R$ 10.940.841,91. No entanto, em média, o primeiro grupo recebeu R$ 244,312,87 cada, enquanto os demais tiveram montante médio de R$ 1.823.473,65.

Deputados federais - O Estado tem 142 candidatos para a disputa das oito vagas na Câmara dos Deputados. Sete buscam a reeleição, mas seis receberam dinheiro do fundo. A única candidata que não tenta reeleição para este cargo é a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), candidata ao Senado.

Quando esteve licenciada do mandato no Congresso Nacional, para assumir a pasta, ela foi substituída pelo suplente Geraldo Resende (PSDB), que assumiu posteriormente a SES (Secretaria Estadual de Saúde). Neste ano, Resende tenta se eleger para a Câmara e é o sétimo na lista dos que mais recebem do fundo de campanha, com R$ 1,6 milhão.

Quem lidera a lista que mais recebe é a Michela Dutra (União), que busca a primeira eleição da vida, com R$ 3,1 milhões recebidos para custeio de campanha. O segundo é Waldemir Moka (MDB), que não busca reeleição direta, e recebe R$ 2,5 milhões.

Na sequência, três candidatos que tentam se reeleger para a Câmara.O deputado federal, Dagoberto Nogueira (PSDB) recebeu R$ 2,27 milhões do fundo público para a disputa. Fábio Trad (PSD) tem R$ 2,45 milhões para utilizar e Luiz Ovando (PP) tem exatos R$ 2 milhões.

Vander Loubet (PT) também tenta a reeleição e recebe pouco mais de R$ 1,8 milhão. Os quatro últimos na lista dos dez mais são do PSDB. Além de Resende, Keliana Fernandes com R$ 1,57 milhão tenta a vaga pela primeira vez. Humberto Rezende (PSDB) tem R$ 1,46 milhão do fundo eleitoral e, por fim, Beatriz Rosália Ribeiro Cavassa de Oliveira, a Bia Cavassa, tem R$ 950 mil dos recursos públicos.

Deputados estaduais - Dos 256 candidatos a deputado estadual, 16 buscam a reeleição. O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) aparece sete vezes na lista dos dez candidatos que mais recebem do FEFC. A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), que busca reeleição, tem o maior repasse, de R$ 1,1 milhão.

Mais dois candidatos estão com fundo milionário para as eleições de 2022 às 24 vagas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. São eles o candidato Jamilson Name (PSDB), que busca reeleição, e Raquelle Lisboa Alves de Souza (PL), a Raquel Trutis, com R$ 1 milhão cada.

A candidata Maria Imaculada Nogueira (PSDB), a Lia Nogueira, tenta se eleger pela primeira vez e recebeu R$ 950 mil do FEFC. Receberam R$ 745 mil cada o deputado estadual José Roberto Teixeira (PSDB), Zé Teixeira, e o vereador por Campo Grande João César Mattogrosso (PSDB).

Pedro Arlei Caravina (PSDB) busca se eleger deputado e recebeu R$ 651 mil na divisão do fundo de campanha. Amarildo Cruz (PT), deputado estadual suplente do deputado Cabo Almi, falecido em 2021 por covid-19, ficou com R$ 514 mil.

Com R$ 500 mil, o deputado estadual Rinaldo Modesto (Podemos) é também um dos que lideram a lista dos que mais recebem e está na lista de reeleição. A décima é a candidata Vera Helena Ansioli Pinho (PSDB), com R$ 467 mil.

Regras - Segundo a Justiça Eleitoral, o Fundo Especial é destinado ao financiamento das campanhas eleitorais dos candidatos, previsto nos artigos 16-C e 16-D da lei nº 9.504/1997. As diretrizes gerais para a gestão e distribuição dos recursos são regulamentadas pelo TSE.

Para a eleição de 2022, o valor do fundo em todo Brasil é de R$ 4,9 bilhões, montante que foi disponibilizado pelo Tesouro Nacional ao TSE em 1º de junho de 2020, nos termos da lei nº 9.504/1997. Os valores das cotas individuais de cada partido foram calculados de acordo com os critérios fixados também pelo órgão federal.

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