Câmara vai recorrer para manter Lívio Leite na vaga de vereador afastado
Suplente do PSDB "briga" para conseguir lugar de Claudinho Serra, já ocupado pelo integrante do União Brasil
O presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), ainda não foi notificado sobre a decisão da Justiça que anula a posse do médico Lívio Viana Leite (União Brasil), na vaga deixada por Cláudio Serra Filho (PSDB), preso no dia 3 de abril, durante a 3ª fase da Operação Tromper. No entanto, Carlão adiantou que vai recorrer, pois a Justiça Eleitoral havia informado que Lívio é o suplente que tem direito a vaga, durante os 4 meses de afastamento de Claudinho, que agora usa tornozeleira eletrônica.
Na quinta-feira (23), foi determinada pela 2ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) a convocação imediata do 8º suplente, Giancarlo Josetti Sandim, o Gian Sandim (PSDB).
Ele “briga” pela vaga porque é o único dos suplentes que não saiu do partido. Lívio deixou o PSDB e foi para o União Brasil, porém fez a troca durante a janela partidária, período em que vereadores podem fazer a mudança sem perder o mandato.
Na avaliação do presidente da Câmara, a mesma regra vale para os suplentes que inclusive já foram diplomados junto aos titulares das vagas. Ele informou, antes de convocar Lívio, que a Justiça Eleitoral determinou que Lívio deveria ocupar o cargo.
Lívio tomou posse na terça-feira (21), mas Gian Sandim segue tentando ocupar o lugar. O presidente da Câmara tem o prazo de 48 horas, ou seja dois dias, para cumprir a decisão, convocando Sandim.
“A intenção nossa é protocolar no Tribunal de Justiça hoje para saber para qual desembargadores vai cair e segunda-feira ou terça-feira a gente aguarda essa essa liminar derrubando essa liminar da Justiça Comum. Nós entendemos que isso é matéria da Justiça Eleitoral. Nem analisei ainda a posse desse Sandin, talvez se eu conseguir fazer essa posse é para segunda ou terça-feira, se eu não conseguir derrubar a liminar”, informou Carlão.
Afastamento - Claudinho Serra foi preso por 23 dias e agora usa tornozeleira eletrônica por suspeita de integrar grupo que desviava recursos da Prefeitura de Sidrolândia, quando atuou como secretário de Fazenda na gestão sogra e atual da prefeita Vanda Camilo (PP).
Faltando apenas três sessões para perder o mandato de vereador, Claudinho apresentou atestado com validade de um mês por estar "psicologicamente abalado". Em seguida, o vereador pediu afastamento para tratar de interesse particular por quatro meses.
Na manhã desta sexta-feira (24), a reportagem tentou falar por telefone e Whatsapp com Claudinho para saber se pretende prosseguir com o afastamento, mas ele não deu retorno até então.
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