Ciro Nogueira aceita convite e é novo ministro da Casa Civil
O senador postou a confirmação no Twitter
Um dos líderes do chamado "Centrão", o senador Ciro Nogueira (PP) aceitou o convite para assumir a Casa Civil. "Acabo de aceitar o honroso convite para assumir a chefia da Casa Civil, feito pelo presidente Jair Bolsonaro. Peço a proteção de Deus para cumprir esse desafio da melhor forma que eu puder, com empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos avanços de que nosso país necessita", postou no Twitter.
A avaliação é que o cargo vem para coroar o senador que é famoso por articulação com qualquer que seja o governo em troca de espaço no Executivo e recursos em emendas.
Ciro conquista uma das pastas mais estratégicas do Governo Federal e o status de ministro. Antes do anuncio, ele passou cerca de duas horas e meia no Planalto. Depois posou para fotos ao lado de Bolsonaro, do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e dos ministros Luiz Eduardo Ramos (atual titular da Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Fábio Faria (Comunicações).
Senador pelo Piauí, ele se licencia do cargo e quem fica em seu lugar é sua mãe, Eliane Nogueira, que é sua primeira-suplente.
Nas eleições de 2018, o então candidato a presidência Jair Bolsonaro criticou justamente tal forma de "se fazer política", com ele e seus apoiadores dando declarações públicas contra esse mesmo Centrão que hoje ele tem como aliado.
Um ano antes, Ciro Nogueira se posicionou como ferrenho opositor a Bolsonaro, afirmando que Lula foi o melhor presidente que o Brasil já teve e ainda classificou Bolsonaro como fascista, tendo restrições a ele. "Tem um caráter fascista. Muito preconceituoso", destacou o senador para a TV Meio Norte.
Além disso, Nogueira foi alvo da Lava Jato, acusado de receber em 2014 e 2015 propina no valor de R$ 7,3 da Odebrechet em troca de atuação favorável a Braskem no Congresso. Ele também foi acusado de tentar atrapalhar as investigações, comprando o silêncio de um ex-assessor que colaborou com a operação.
Outra situação envolvendo o parlamentar piauiense é o suposto pagamento para ele de propina, por parte do PT, para que oferecesse seu apoio ao partido nas eleições de 2014 e depois para se posicionar contra o impeachment de Dilma Rousseff. O dinheiro viria de propinas pagas pela JBS, conforme indicou a Lava Jato.