Decisão sobre Dilma não se aplica ao caso de Delcídio, diz presidente do Senado
Ex-senador foi ao STF pedir tratamento igual e garantir direitos políticos
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o julgamento de Dilma Rousseff não abre precedente para o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) tentar reaver os direitos políticos. Citando a presidente cassada, a defesa do ex-parlamentar foi ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo informações divulgadas pelo O Globo, Renan disse que Dilma já foi punida, afastada, mas não inabilitada, e o caso não teria qualquer relação com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Delcídio do Amaral.
A defesa do ex-senador utiliza o precedente da ex-presidente, dizendo que “não se pode admitir” que, de um lado valha uma regra e para o senador cassado outra. Em um trecho, os advogados dizem que, de duas, uma: ou Delcídio foi cassado sem a perda dos direitos políticos, ou o impeachment da ex-presidente é nulo.
O processo de Dilma, no Senado, acabou sendo votado em duas partes, esta semana. Primeiro, os parlamentares decidiram afastá-la do cargo definitivamente, e, depois, optaram por livrá-la da cassação dos direitos políticos.