Defesa ainda não sabe motivo para prisão de “laranja” de Olarte
Evandro Farinelli teria cedido seu nome para aquisição de imóveis
Evandro Farinelli, que seria “laranja” do prefeito afastado, Gilmar Olarte (PP), em aquisições de imóveis, foi preso em sua residência, nesta manhã, afirmou o advogado Paulo Nagata. Ele disse não ter conhecimento do motivo, detalhes da prisão e para onde seu cliente será transferido.
Mais cedo, Evandro chegou à sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), acompanhado de policiais. Não falou com a imprensa. Ainda segundo Nagata, seu clinete foi preso em casa e foi direto ao Gaeco, onde permanece até agora.
Everton Schorro, que também se identificou como advogado de Evandro, afirmou que só terá acesso ao processo à tarde, quando tomará conhecimento do teor da investigação contra seu cliente.
De acordo com nota divulgada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de MS), Farinelli seria a pessoa que cedia seu nome para que as compras de Andréia Olarte fossem feitas.
As prisões e os mandados fazem parte da Operação Pecúnia e foram pedidas por meio da investigação que apura prática de crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica. A ação seria desdobramento da Operação Adna contra Olarte, cuja investigação atribui a ele o crime de corrupção passiva. Adna é a sigla da igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, que, em Campo Grande, foi fundada pelo ex-prefeito.
Ainda de acordo com o Ministério Público, as investigações começaram com a quebra de sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, além de informações de que, entre 2014 e 2015, enquanto Gilmar era prefeito, a esposa adquiriu vários imóveis em Campo Grande, alguns em nome de terceiros.