Deputado alega falta de estrutura e é a primeira baixa na CPI da Energia
Sem contratação de consultoria, Catan decidiu deixar a comissão na Assembleia Legislativa
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A CPI da Energia, instaurada em novembro do ano passado pela Assembleia Legislativa, teve a primeira baixa. O deputado estadual João Henrique Catan (PL) anunciou nesta quarta-feira (dia 5) que vai deixar a comissão parlamentar de inquérito por falta de estrutura para aprofundar a investigação.
“Diante de uma apuração complicada, teríamos que ter um corpo técnico qualificado para investigar. Seria importante a contratação de uma empresa para prestar consultoria e nos ajudar no levantamento de dados. Apesar da boa vontade dos colegas, se no final não tivermos bom resultado, pode passar a impressão que estamos ‘passando o pano’”, afirma Catan. O deputado era representante do G10, bloco que reúne dez deputados.
A CPI foi aberta após recolher 23 assinaturas de deputados e apresentar fato determinado. Um engenheiro contratou empresa privada para fazer medição do consumo de sua propriedade rural. E os números apresentados de consumo foram diferentes da conta da Energisa. A denúncia foi levada à Casa de Leis pelo deputado Felipe Orro (PSDB), que assumiu a presidência da CPI.
Após a abertura da CPI da Energia, o presidente da Assembleia, Paulo Corrêa (PSDB), alertou aos deputados que a comissão não poderia gerar custos extras ao Poder Legislativo. Desta forma, a comissão poderia requisitar apoio técnico somente de outros órgãos públicos, como o TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado).
A CPI faz hoje à tarde a primeira reunião do ano e vai definir cronograma de ações, além das pessoas que serão ouvidas.