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Política

Deputado denuncia grupo e gráfica de Maracaju por crime de ódio contra Lula

Prints expostos pelo Zeca do PT mostram imagem da cabeça decapitada do presidente e adevisos

Por Jéssica Fernandes e Fernanda Palheta | 07/08/2024 11:17
José Orcírio, o Zeca do PT, mostra prints do grupo denunciado por crime de ódio. (Foto: Ernesto Franco)
José Orcírio, o Zeca do PT, mostra prints do grupo denunciado por crime de ódio. (Foto: Ernesto Franco)

O dia na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) começou com denúncia do deputado estadual José Orcírio, o Zeca do PT. Com prints tirados de um grupo de WhatsApp, o parlamentar citou crime de ódio contra o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT). A denúncia também implica uma gráfica da cidade de Maracaju, a 159 km da Capital, que imprimiu adesivos que mostram a cabeça do chefe de Estado decapitada.

A fala do Zeca do PT antecedeu a sessão desta quarta-feira (07) da Alems. O deputado pediu a palavra para dizer que recebeu prints de um grupo chamado “Maracaju Mil Grau”. “Esse grupo pegou o boneco que simboliza o boneco de Maracaju e usaram e subsistiram a imagem original pela cabeça decapitada do presidente”, declara.

O ícone do grupo mostra o monumento símbolo da cidade que foi usado para criar uma montagem. Ao invés de estar segurando a linguiça, como na imagem original, a estátua está segurando a cabeça do presidente decapitada.

Nas conversa é compartilhado imagem com adesivos do presidente decapitado.
Nas conversa é compartilhado imagem com adesivos do presidente decapitado.

Em outro print é compartilhada uma foto com uma coleção de adesivos impressos que trazem a mesma montagem. É possível ver na foto uma nota atrás onde aparece o nome “Gráfica Maracaju”.

Zeca classificou a situação como crime e que irá encaminhar aos ministros Ricardo Lewandowski e Alexandre Moraes, ambos do STF (Supremo Tribunal Federal). Além dos ministros, a denúncia de crime de ódio também será enviada para PF (Polícia Federal) e MPF (Ministério Público Federal).

O deputado pede que sejam investigados os administradores do grupo e o responsável pela gráfica. “Recebi isso aqui, dizem que a esquerda é radical, mas isso é um crime boçal”, afirma Zeca. O presidente da Alems, deputados estadual Gerson Claro (PP) definiu como absurdo o caso e lembrou que o crime de ódio é previsto no artigo 286.

A reportagem tentou contato com os administrados do grupo e a Gráfica Maracaju através de ligações e mensagens, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.

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