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Política

Dilma "empurrou" dívidas e não foi transparente, frisa Moka no Senado

Nyelder Rodrigues | 30/08/2016 23:22
Moka crê que Dilma não teria sido reeleita caso não maquiasse as contas do Governo Federal (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)
Moka crê que Dilma não teria sido reeleita caso não maquiasse as contas do Governo Federal (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

As manobras de Dilma Rousseff (PT) na Presidência da República para maquiar contas públicas e falta de transparência com tais números foram os destaques do discurso do senador peemedebista por Mato Grosso do Sul, Waldemir Moka, na noite desta terça-feira (30) na sessão que julga supostos crimes de responsabilidade fiscal cometidos pela petista.

"Se houvesse transparência, talvez a presidente não teria nem sido reeleita em 2014 e os brasileiros saberiam que o tesouro nacional não tinha mais como cumprir com os compromissos. Isso gerou uma bola de neve que explodiu em 2015", explica Moka.

O senador, líder da bancada do Mato Grosso do Sul em Brasília (DF), ainda falou sobre o contingenciamento feito em 2015 por Dilma e usado pela defesa da presidente como argumento que não houve irregularidade por parte dela.

"Esse contingenciamento de recursos tão propalado se deu justamente por que o dinheiro que era para ser gasto naquele ano, foi destinado para pagar as contas de 2014, que também teve o dinheiro usado para pagar as contas de 2013. O país ficou empurrando suas dívidas sempre para a arrecadação do ano seguinte", frisa o parlamentar.

Além disso, Moka disparou que Dilma apostou que passaria impune por tais atos, porém, ela no fim "se deu muito mal", conforme as palavras do senador. Ele também disse que considera as pedaladas eufemismos de fraudes fiscais.

Não há golpe - O parlamentar sul-mato-grossense novamente defendeu o processo de impeachment, relembrando que está é a quinta vez que ele vota na questão, que contou com embasamento técnico e jurídico "primoroso". "Nesta Casa, a qualidade das investigações foram mantidas", discursou.

"Amanhã vamos decidir se a presidente afastada cometeu ou não crime. Posso dizer com toda a segurança que estamos diante do golpe mais democrático da história", ironizou Moka, logo em seguida citando que na segunda-feira (29), Dilma ficou 14 horas no Senado se defendendo dos acusações a qual é alvo.

"Ela não assumiu nenhum erro, mas pacientemente os senadores a ouviram, mesmo sabendo que as respostas faziam parte de um script que lembram um disco que toca sempre a mesma música. Os colegas senadores fizeram perguntas pontuais e tiveram como respostas divagações das mais variadas, até sobre o volume morto do Sistema da Cantareira", disse Moka.

O senador também destacou a simplicidade da votação final que definirá sobre o afastamento definitivo de Dilma da Presidência. "Se a maioria qualificada, 54 senadores, decidirem que houve crime, o impeachment será concretizado. É simples porque estamos diante de um rito processual legítimo".

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