Dos quatro alvos da operação Câmara Secreta, três permanecem presos
Dos quatro alvos da operação Câmara Secreta, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na última sexta-feira em Dourados, um já obteve a liberdade.
Amilton Salina, que foi diretor financeiro da Câmara Municipal por mais de dez anos, foi solto na tarde de sábado. A justiça acatou pedido de relaxamento da prisão.
Os ex-vereadores Sidlei Alves e Humberto Teixeira Júnior permanecem presos na 1ª delegacia de Polícia Civil de Dourados. Rodrigo Terra passou mal e foi levado para o hospital, onde está internado sob escolta policial.
O ex-vereadores, Rodrigo Terra e Amilton Salina são acusados de criar uma máfia de empréstimos consignados na Câmara de Dourados. A denúncia partiu de cinco ex-servidores comissionados. Eles foram nomeados pelo então presidente Sidlei Alves a pedido do ex-vereador Humberto Teixeira Júnior.
Os holerites dos servidores eram falsificados pelo então diretor financeiro da Câmara, a mando dos dois vereadores. Os valores eram aumentados em até cinco vezes, para conseguir emprestar grandes somas. Dos denunciantes, dois eram servidores fantasmas.
Gravações da operação apontam que o ex-vereador Humberto Teixeira Júnior pagou propina de R$ 5 mil para que a fraude nos empréstimos consignados não fosse denunciada.
Humberto Teixera Júnior e Sidlei Alves já foram presos outras duas vezes, em operações da PF (Polícia Federal). Em 2009, a prisão foi durante a operação Owari. No ano passado, após a Uragano, Sidlei renunciou ao mandado de vereador depois de passar 90 dias na cadeia. Texeira Júnior teve o mandato cassado em processo por quebra do decoro parlamentar.