Em ano eleitoral, prefeita presta contas e vereadores falam de autonomia
Adriane participou da sessão, apresentando resultados da gestão em 2023
No começo dos trabalhos legislativos em ano de eleição municipal, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), foi à Câmara de Vereadores apresentar um relatório do seu segundo ano como gestora e pediu a parceria em busca de soluções para os problemas que surgem na cidade. O presidente da Casa, Carlos Augusto Borges, o "Carlão" (PSB), disse que os vereadores apresentarão um trabalho independente, ouvindo a comunidade, e cobrará dos colegas a separação entre o trabalho na Câmara e a campanha política.
Foi uma solenidade disputada, com a presença de secretários municipais e o chefe da Casa Civil, Eduardo Rocha, representando o governador Eduardo Riedel (PSDB). Adriane discorreu sobre os desafios desde que assumiu o comando do Executivo, em abril de 2022, quando o então prefeito Marcos Trad renunciou para disputar o Governo Estadual.
A prefeita mencionou a expansão de salas de aula para abrir vagas a novos alunos na rede municipal, a pintura de escolas, que fazia “22, 23 anos não viam na mão de tinta”, e também receberam acessibilidade. Os postos de saúde também foram recuperados, disse, mencionando que muitos tinham até goteiras. Recordou obras que foram paralisadas por empresas porque os insumos encareceram após a pandemia, tendo sido demandado esforço para conseguir condições de retomada.
Ao final, mencionou tratar-se de ano eleitoral, mas reforçou a necessidade de união “pelo bem comum” da cidade.
Do presidente da Casa saiu a promessa de seguir o compromisso com os eleitores. “O povo está de olho”, lembrou. Asseverou que a Casa será independente e responsável para identificar o que pode prejudicar a sociedade e ajudar a encaminhar.
Sobre o ano eleitoral, Carlão informou que irá elaborar uma resolução para que fique bem delimitada a separação entre o trabalho legislativo e campanha. Ele disse não querer interferências no desempenho da Câmara e que não serão toleradas ausências não justificadas.
O líder da prefeita na Câmara, Robeto Avelar, também discursou e mencionou um papel por vezes espinhoso, citando problemas com obras, estragos causados pelas chuvas e os embates com servidores que precisaram ser enfrentados. Finalizou apontando sentir orgulho da condição de liderança da prefeita.
Integrante da oposição, a vereadora Luiza Ribeiro (PT) discursou cobrando soluções para demandas dos servidores, que deixam de ser aplicadas porque a Prefeitura enfrenta crise fiscal, extrapolando limite de despesas com folha. Mencionou, ainda, necessidade de ampliar vagas para crianças na educação infantil.
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