Em entrevista, Marquinhos se coloca definitivamente na disputa ao governo
Prefeito afirmou que pesquisas mostram que seu eleitorado lhe deu aval para concorrer ao cargo de governador
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), afirmou, de forma categórica, que irá concorrer ao governo do Estado nas eleições de 2022. A declaração foi realizada durante entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (24) para o programa do jornal A Crítica, transmitido pela rádio Serrana.
Segundo o prefeito, as últimas pesquisas realizadas o convenceram de que o campo-grandense, que lhe deu a reeleição no ano passado, agora, concede o aval para que ele entre na disputa ao cargo de governador do Estado.
“Todas as pesquisas indicam o meu nome como o melhor posicionado dentro do PSD para concorrer ao governo do Estado. Minha preocupação é se eu teria o aval daqueles que prorrogaram o meu mandato como prefeito. Porém, hoje os números dos levantamento demonstraram que eles me dão esse parecer moral, de ficha limpa. Agora irei buscar uma missão maior, mas sem deixar de lado a nossa Capital. O que antes era uma ideia que tinha resistência entre o meu eleitorado, hoje, eles entendem que não será uma renúncia, mas sim, abdicar de um direito para uma missão maior, que é cuidar do nosso Estado e de Campo Grande”, revelou Marquinhos.
Sobre a possibilidade de não vencer a disputa e ficar sem cargo eletivo, Marquinhos foi categórico e afirmou que não tem apego ao poder, pois não vive de política.
“Aqueles que se isentam e tem medo da missão, tem apego ao poder. Eu vivi muito bem estando fora da administração pública, pois ministrei aulas em 5 faculdades e tenho uma banca de advogados. Eu consegui o meu primeiro mandato popular aos 41 anos de idade. Por esse motivo, eu não tenho nenhum melindre em me apresentar e lutar contra os nomes colocados, pois eles já tiveram a sua chance e nos deram o passaporte para seguirmos em frente”, revelou Marquinhos.
Em relação a possíveis aproximações com alguns caciques políticos de Mato Grosso do Sul, como os ex-governadores André Puccinelli (MDB) e Zeca do PT, além do atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o prefeito afirmou que nenhum deles irá compor sua chapa, mas se quiserem contribuir para uma construção política, ele estará aberto.
“Minha chapa não será composta por Reinaldo, por Puccinelli ou Zeca. Agora, se quiserem vir para nos ajudar num programa político partidário, sem arranjos, aí eles são bem-vindos. Quer contribuir com o Estado, não precisa ter cargo. Aquela conversa de querer ser vice, ter vaga de senador, dominar tantas secretarias para me apoiar, isso eles não terão e nem cogitam isso, pois eles conhecem a minha postura sobre esse tipo de articulação”, disse.
E complementou a informação dizendo que “por exemplo, se eu aceitasse esse jogo teria trocado a minha vice (Adriane Lopes), pois queriam essa mudança na chapa por alguém de uma sigla partidária mais forte do que o Patriotas, mas me neguei a aceitar essa condição. Arranjo político, tô fora, apoio podem vir, mas sem cargos”, destacou Marquinhos.