ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
SETEMBRO, SEXTA  06    CAMPO GRANDE 33º

Política

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

A decisão foi publicada pelo Palácio do Planalto nesta noite; Polícia Federal está investigando o caso

Por Gabriel de Matos | 06/09/2024 18:36
Silvio Almeida, ex-ministro dps Direitos Himanos e Cidadania (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Silvio Almeida, ex-ministro dps Direitos Himanos e Cidadania (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir Silvio Almeida do cargo de ministro dos Direitos Humanos e Cidadania na noite desta sexta-feira (6). A decisão foi motivada por denúncias recentes de assédio sexual que envolveram o ex-ministro. Em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, foi informado que a manutenção de Almeida no cargo se tornou "insustentável" diante da gravidade das acusações.

A Polícia Federal iniciou uma investigação sobre as denúncias, enquanto a Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu um procedimento preliminar para apurar os fatos. A nota oficial do governo federal reafirma o compromisso com os direitos humanos e deixa claro que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada.

Silvio Almeida, que estava à frente do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania desde janeiro de 2023, é conhecido por sua atuação como advogado, professor universitário e autor de influentes obras sobre direito, filosofia e questões raciais. Seu livro "Racismo Estrutural" (2019) foi amplamente reconhecido e se tornou uma leitura essencial para entender o racismo no Brasil.

As acusações contra Almeida foram inicialmente divulgadas pelo portal Metrópoles na quinta-feira (5) e confirmadas pela organização Me Too. A entidade revelou que atendeu a mulheres que alegam ter sido assediadas sexualmente pelo ex-ministro, mas não divulgou nomes ou detalhes adicionais. A Me Too destacou que essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional, o que levou à decisão de confirmar o caso para a imprensa.

Entre as supostas vítimas mencionadas está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente. Após a divulgação das denúncias, Almeida foi convocado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Secretaria de Comunicação Social do governo ressaltou que o caso está sendo tratado com a seriedade e a celeridade necessárias.

O Ministério das Mulheres também se manifestou sobre o caso, classificando as denúncias como "graves" e expressando solidariedade às mulheres que denunciam assédio e violência. A ministra Cida Gonçalves, em uma demonstração de apoio à colega Anielle Franco, publicou uma foto em sua conta no Instagram, evidenciando sua solidariedade e apoio em meio a este momento difícil.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias