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Política

Mesmo com racha, PT mantém nome de Camila e descarta Rose

Ex-governador Zeca defendeu o novo arranjo justificando a necessidade de fazer uma grande bancada proporcional

Por Gabriela Couto | 07/02/2024 18:49
Deputada federal Camila Jara (PT), à esquerda e superintedente do Desenvolvimento do Centro-Oeste, Rose Modesto à direita (Foto: Reprodução/Instagram)
Deputada federal Camila Jara (PT), à esquerda e superintedente do Desenvolvimento do Centro-Oeste, Rose Modesto à direita (Foto: Reprodução/Instagram)

Apesar de uma ala petista começar a torcer por uma aliança da federação do partido com o União Brasil e apoiar a pré-candidatura de Rose Modesto, a direção nacional e estadual volta a bater o pé e manter a pré-candidatura própria.

De acordo com o presidente estadual da legenda, Vladimir Ferreira, o diretório nacional estabeleceu um calendário no ano passado, para que os diretórios regionais apresentassem uma posição sobre o rumo que iria tomar nas eleições de 2024, se teria candidatura própria ou se faria aliança.

“O PT de Campo Grande, respaldado pelos partidos que compõem a federação Brasil Esperança, PV e PCdoB, decidiu pela candidatura própria, e o nome definido foi o da Deputada Camila Jara. Então para nós o que está valendo é essa posição”, pontuou.

No entanto, o ex-governador José Orcírio Miranda, o Zeca do PT, expressou sua discordância em relação à escolha de Camila como candidata própria. Ele sugeriu uma nova discussão partidária e uma possível candidatura da ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com o deputado estadual Pedro Kemp (PT) ocupando a posição de vice-prefeito.

Zeca defendeu o novo arranjo justificando a necessidade de fazer uma grande bancada de vereadores e vice-prefeitos na Capital para fortalecer o projeto do partido nas eleições de 2026.

Porém, o presidente do partido voltou a rejeitar a decisão e ainda alfinetou a sugestão do nome de Rose Modesto.

“A ex-deputada Rose apoiou o [Jair] Bolsonaro e o [Capitão] Contar no segundo turno, e mesmo participando do governo do presidente Lula, continua sem assumir que faz parte do governo Lula, do governo do PT, e na minha opinião, se for candidata, não irá para o segundo turno. Ficou em quinto lugar para governadora em Campo Grande. Já a Deputada Camila tem todas as condições de chegar ao segundo turno, por representar de fato nosso campo político”, disse Vladimir.

Já Rose Modesto, que também é presidente estadual do União Brasil e atualmente está no comando da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), não quis entrar na discussão.

“Acho que essas definições de candidaturas e alianças só se resolvem pra frente. No meu caso, por exemplo, só final de fevereiro ou começo de março”, ponderou.

Ela ainda quis ressaltar a boa relação com as demais legendas. “Sobre o PT, tenho ótima relação com a maioria das lideranças locais, mas respeito a decisão do momento, que é o partido ter uma candidatura. Primeiro tem que aguardar saber se não terão candidato”.

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