ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  04    CAMPO GRANDE 28º

Política

Metade da bancada de MS aprova MP da Eletrobras que vai aumentar conta de luz

Apenas Fábio Trad (PSD) votou contra e pediram obstrução os deputados Vander (PT) e Dagoberto (PDT)

Gabriela Couto | 22/06/2021 11:49
Em cima Bia Cavassa (PSDB), Beto Pereira (PSDB); em baixo Loester Trutis (PSL) e Luiz Ovando (PSL) votaram pela privatização da Eletrobras (Foto Montagem)
Em cima Bia Cavassa (PSDB), Beto Pereira (PSDB); em baixo Loester Trutis (PSL) e Luiz Ovando (PSL) votaram pela privatização da Eletrobras (Foto Montagem)

Metade da bancada federal de Mato Grosso do Sul votou a favor da MP (Medida Provisória) da Eletrobras na noite de ontem (21) na Câmara dos Deputados. O texto que segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai impactar diretamente no bolso do consumidor nas próximas décadas.

A votação encerrou com 258 votos favoráveis, 136 votos “não” e 53 pela “obstrução”, uma outra forma do parlamentar dizer que além de ser contrário a proposta, se recusa a aceitar a sua tramitação.

Representando o Estado foram favoráveis à privatização os deputados federais Beto Pereira (PSDB), Bia Cavassa (PSDB), Luiz Ovando (PSL) e Loester Trutist (PSL).

"A Eletrobras é uma estatal extremamente deficitária. São mais de R$ 10 bilhões ao ano. A Eletrobras não tem condições de realizar manutenção em suas usinas hidrelétricas e de investir em malhas de linhas de transmissão. Possibilitar sua privatização é atrair investimentos e uma gestão moderna para geração de energia", justificou Beto Pereira.

Nenhum dos outros três responderam a reportagem sobre os motivos que os levaram a aprovar o texto que autoria a União a conceder, pelo prazo de 30 anos, novas outorgas de concessões de geração de energia elétrica sob titularidade ou controle da Eletrobras.

O único a votar não foi o deputado federal Fábio Trad (PSD). Na sua rede social ele destacou os motivos que o levaram ao voto. "A privatização da Eletrobras é um crime de lesa-pátria. Eletrobras é a maior empresa de energia elétrica da América Latina, vital para a soberania brasileira, altamente lucrativa e mesmo assim o governo federal vai entregar de mão beijada a riqueza do povo brasileiro. As digitais dos meus eleitores e eleitoras não serão encontradas nesse negócio cabuloso", destacou.

Votaram pela obstrução do projeto, os deputados federais Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT). Apenas o petista explicou o motivo do voto para a reportagem até o fechamento desta matéria.

"Nós, da bancada do PT, nos posicionamos contra a MP que pretende privatizar a Eletrobras desde o começo, por entender que se trata de um retrocesso. Não se coloca o parque gerador de energia de uma nação nas mãos da iniciativa privada. É uma questão estratégica, envolve a soberania nacional. Além disso, vale destacar que vários especialistas do setor energético estão apontando que a privatização pode causar aumento no custo da energia para os consumidores residenciais e dos setores produtivos. Ou seja, quem vai pagar a conta da privatização somos todos nós", destacou Vander.

Já a deputada federal Rose Modesto (PSDB) se ausentou da votação. Ela perdeu mais um primo para a covid-19 na tarde de ontem.  "Peguei estrada levando minha mãe para o velório. Já são quatro primos e minha vó que se foram pela doença até agora, infelizmente."

Nos siga no Google Notícias