Moka rebate críticas e diz que impeachment de Dilma não é um golpe
Em seu discurso na noite desta terça-feira (9) no Senado, na sessão que vai definir se a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) será julgada por irregularidades nas chamadas "pedaladas fiscais" e promulgação de decretos, o senador sul-mato-grossense Waldemir Moka (PMDB) rebateu críticas de que o impeachment é um golpe.
"Que golpe é este que faz com que um senador seja chamado cinco vezes para avaliar a conduta de um chefe do Executivo? Que golpe é esse cujo rito processual foi definido pela Suprema Corte, após a manifestação dos seus 11 ministros?", comenta Moka ao defender os favoráveis à saída de Dilma.
Além disso, Moka comentou em plenário que os atos da presidente fez o país mergulhar na pior crise de sua história. Para ele, tudo começou em 2011, no primeiro governo da presidente Dilma Roussef, com uma equivocada política de incentivos fiscais praticada pelo Governo Federal.
"Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não seguiram recomendação técnica, decisão que sinalizava naquele momento para um caminho equivocado e irresponsável, culminando com coletânea dos piores dados econômicos da história", ressalta o senador de Mato Grosso do Sul.
O processo, de acordo com Moka, se agravou durante o processo de reeleição, quando Dilma mentiu sobre a situação do país para se reeleger. Para ele, isso sim, foi um golpe. "Desde 2011, a presidente Dilma concedeu R$ 450 bilhões em desonerações. Parte disso, ainda impactará a arrecadação deste ano, a de 2017 e a de 2018".
A sessão, que começou pela manha, é presidida pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski. As manifestações individuais de cada um dos parlamentares já foram realizados e agora eles se preparam para votar a aceitação ou não da continuidade do processo de impeachment.