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Política

Para Dagoberto, CPI da JBS no Congresso ‘será circo para blindar Temer’

Anahi Zurutuza | 13/09/2017 13:06
Deputado com a palavra na tribuna do Congresso Nacional (Foto: Assessoria de imprensa do deputado/Divulgação)
Deputado com a palavra na tribuna do Congresso Nacional (Foto: Assessoria de imprensa do deputado/Divulgação)

O deputado Dagoberto Nogueira (PDT) criticou nesta terça-feira (12) a instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que vai investigar os contratos da J&F, holding que administra a JBS, com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Para o deputado federal, a comissão servirá de “circo para blindar” o presidente Michel Temer (PMDB).

“Infelizmente o Marun assumiu a relatoria desta comissão. Todos nos sabemos como ele atua em favor do Michel Temer. Isso acaba com o importante papel que essa comissão deveria ter”, comentou sobre a escolha do deputado federal Carlos Marun, do mesmo partido do presidente e também da bancada que representa Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional.

“É necessário investigar. Precisamos saber se a empresa prejudicou o país. Mas, a Comissão é natimorta. Os parlamentares mais sérios já abandonaram esse verdadeiro circo. Infelizmente o relator tem um lado e ele não é muito republicano”, completou Dagoberto, parlamentar que integra a oposição ao governo federal.

Investigação – Instalada no dia 5 deste mês pelo Congresso Nacional, a CPMI vai investigar irregularidades envolvendo a empresa JBS e a holding J&F em operações com o BNDES. 

O relator é responsável pelo documento final que contém as conclusões da investigação, denúncias e o encaminhamento dos pedidos de providências.

Marun foi escolhido relator pelo presidente da CPMI senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) na manhã desta terça-feira (12).

Ele é um dos principais defensores do presidente no Congresso. O comandante máximo do país viu as estruturas de seu governo sacudirem com a divulgação da delação premiada da JBS. Ele foi gravado por Joesley Batista, um dos sócios-proprietários da maior indústria de proteína animal do Brasil, supostamente dando o aval para comprar o silêncio do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo da Operação Lava Jato. Marun também esteve ao lado de Cunha.

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