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Política

PDT é assediado por Delcídio e Puccinelli durante reunião na Capital

Wendell Reis | 24/03/2012 11:41

Convenção foi cancelada e acabou se transformando em reunião para tentar atrair o PDT em Campo Grande

Puccinelli disse que o encontro foi a piscadela de um futuro casamento(Foto: Wendell Reis)
Puccinelli disse que o encontro foi a piscadela de um futuro casamento(Foto: Wendell Reis)

O evento do PDT que seria para efetivar a comissão provisória do partido acabou se transformando em uma disputa na corrida por alianças em Campo Grande. O partido continuou como centro da atenção, mas o foco foi direcionado as investidas dos maiores líderes do PMDB e PT no Estado, André Puccinelli e Delcídio Amaral, respectivamente.

O PDT declara que tem como pré-candidato o ex-deputado federal Dagoberto Nogueira. Porém, ele é o primeiro a dizer que só será o candidato se tiver o apoio de toda a oposição. Caso isso não ocorra, segundo ele, caberá ao partido a definição. Esta indefinição faz aumentar a esperança de Edson Giroto (PMDB) e Vander Loubet (PT), que pretendem disputar a Prefeitura.

Ao sair do evento, Puccinelli resumiu a participação: “Hoje foi a piscadela do início de um eventual namoro, noivado e casamento”. Indagado sobre o que era necessário para efetivar este compromisso, o governador disse que a aliança depende de vários aspectos. “Depende de interesses deles, nossos, que vão ser postos na mesa. A conversa é segredo de chefes. Começou hoje a conversa”, disse.

Puccinelli também falou sobre a mudança de posicionamento e até de relação na política, visto que ele e Dagoberto já estiveram em lados opostos: “Já fomos companheiros, adversários. Poderemos voltar a ser companheiros. A política você não fecha as portas. Não trata os adversários como inimigo. Os trata como adversários e com respeito. E assim sendo, existe possibilidade de união no futuro”.

Já Delcídio Amaral deixou externar a disputa entre os dois partidos pela união com o PDT. Ele disse que fez uma breve pesquisa no evento e pode perceber que o jogo está empatado. Para defender a união, o senador lembrou que PDT e PT são aliados nacionais e podem reproduzir esta aliança no Estado

Dagoberto reafirmou que só será candidato se a oposição lhe apoiar. Ele declarou que o acordo com a oposição é de que será escolhido o melhor em pesquisas. Neste critério, entende que tem chances, alegando que há pesquisas onde ele é bem avaliado. Como exemplo para justificar a importância das pesquisas qualitativas, ele recorda que em 2010 tinha mais de 40% das intenções de voto e perdeu a disputa para o Senado para Waldemir Moka (PMDB), que tinha 4% das intenções.

Convenção foi transformada em reunião - Dagoberto garante que o fato da convenção para efetivar a comissão provisória não ter sido realizada não estragou o que considerou como festa. Ele esclarece que continua liderando o partido, mesmo por uma comissão provisória. “Isso até nos ajudou. Talvez faça uma até maior que esta”, brincou, demonstrando alegria com a participação de Puccinelli e Delcídio. A reunião também contou com a participação de Edson Giroto e do prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB).

No mês de março, a justiça suspendeu o resultado da eleição em que o vereador Paulo Pedra foi eleito presidente municipal do PDT. A suspensão ocorreu baseada na denúncia de manipulação feita pela chapa “Frente de Renovação”, encabeçada por Dolzan, que concorreu com Pedra. A convenção deste sábado foi derrubada por uma nova liminar, proibindo a realização por um erro de assinatura.

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