Pedra votou pela Processante, mas mudou depois de conseguir cargo com Bernal
Paulo Pedra, que se licenciou da Câmara Municipal em agosto para assumir a Secretaria Municipal de Governo em agosto deste ano, com o retorno de Alcides Bernal à Prefeitura de Campo Grande, votou pela criação da Comissão Processante para cassar o então prefeito. Na sessão do dia 15 de outubro de 2013, ele foi um dos 21 vereadores que votaram pela criação da processante.
“Vivemos um momento que nunca vivemos na história política de Campo Grande: a abertura de uma Comissão Processante contra um prefeito”, afirmou o vereador ao usar a tribuna e declarar o seu voto. “Uns disseram aqui que seria um golpe, outros disseram que seria uma perseguição, outros disseram que seria uma decisão política, mas na verdade toda decisão dessa casa, ela acaba sendo política”, concluiu Pedra, para sacramentar o seu voto: “Politicamente vou acompanhar a maioria e voto sim”.
Dois meses depois, Paulo Pedra assumiu outra postura política, passando a fazer parte da base de apoio ao então prefeito Alcides Bernal, depois da nomeação do arquiteto Dirceu Peters para a Emha (Empresa Municipal de Habitação). Paulo Pedra confirma que Peters foi indicação dele e justifica que antes dessa nomeação atuava como vereador, nem da situação e nem da oposição. “A partir do momento que passei a fazer parte da administração do Bernal, passei a ter um compromisso, de fazer parte da base aliada dele”, afirmou o agora secretário Municipal de Governo.
Os vereadores que votaram contra o pedido de criação da Comissão Processante foram Zeca do PT (agora deputado federal), Alex do PT, Ayrton Araújo (PT), Cazuza (PP), João Rocha (PSDB), Luiza Ribeiro (PPS), Carlão (PSB) e Gilmar da Cruz (PRB). Mas na sessão do dia 12 de março de 2014, João Rocha, Carlão e Gilmar da Cruz, votaram pela cassação de Alcides Bernal.
Os vereadores que votaram pela criação da Comissão Processante foram: Vanderlei Cabeludo, Carla Stephanini, Mário Cesar, Paulo Siufi e Edil Albuquerque (PMDB), Chiquinho Telles (PSD), Coringa (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Flavio César, Eduardo Romero e Otávio Trad (PT do B), Chocolate (PP), Dr. Jamal (PR), Grazielle Machado (PR), Juliana Zorzo (PSC), Professora Rose (PSDB), Alceu Bueno (que renunciou ao mandato depois de se envolver em escândalo de exploração sexual de adolescente), Airton Saraiva (DEM), Paulo Pedra (PDT), Edson Shimabukuro (PTB), Eliseu Dionísio (SDD, hoje deputado federal).