Por competitividade e foco em futuras eleições, Delcídio se junta ao PTB
Ex-senador corumbaense foi celebrado pelo presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson
O ex-senador por Mato Grosso do Sul, Delcídio do Amaral, se filiou nesta semana ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). O corumbaense foi celebrado pelo presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson.
Em nota, o PTB destaca que a filiação de Delcídio faz parte do projeto para expansão da representatividade do partido. Jefferson salientou a busca da legenda por quadros que ampliem “condições de competitividade com vistas às futuras eleições, em âmbito estadual e nacional”.
A nota que comunica a filiação do ex-parlamentar corumbaense, publicada no site do PTB, é ilustrada por foto do novo integrante do partido ao lado de Jefferson e do deputado estadual Neno Razuk.
Delcídio concorreu às eleições para o Senado em 2018, pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão), e recebeu 4,76% dos votos no Estado, total de 109.927 eleitores. O agora petebista ficou atrás de seis outros candidatos, entre eles os eleitos Nelsinho Trad (PTB) e Soraya Thronicke (PSL).
O ex-parlamentar só registrou sua candidatura faltando 20 dias para o pleito de 2018, após ser inocentado de denúncia por tentativa de obstrução da Justiça em apurações da operação Lava Jato. Já depois das eleições, Delcídio teve registro rejeitado pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).
O corumbaense foi cassado em maio de 2016 pelo plenário do Senado por quebra de decoro, sob suspeitas de articular um plano de fuga para Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, a fim de evitar a delação dele. Delcídio chegou a ficar preso por 90 dias.
As suspeitas não foram consideradas fundamentadas pela Justiça Federal. Em julho deste ano, a Quarta Turma do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) manteve, por unanimidade, a sentença de primeira instância que havia inocentado Delcídio.
Hoje, o ex-senador presta serviço comunitário na Casa da Criança Peniel, que atende crianças vítimas de maus tratos e violência em Campo Grande. A exigência corresponde à cláusula de termo de colaboração premiada na Lava Jato.