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Política

Poucos sabem, mas pedido de informação não precisa ser votado em Plenário

Medida aplicada para decisão de Câmara Municipal de Minas Gerais deve se aplicar a tribunais superiores

Gabriela Couto | 29/04/2021 09:04

Poucos sabem, mas pedido de informação não precisa ser votado em Plenário
Na legislatura passada, vereador André Salineiro protagonizou vários debates no Plenário na tentativa de conseguir informações da prefeitura via requerimento (Foto Arquivo / Izaias Medeiros)

Já se passaram três anos da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o direito do vereador, quanto parlamentar e cidadão, a obter diretamente do chefe do Poder Executivo informações e documentos sobre a gestão municipal. Mesmo assim, uma minoria de parlamentares da oposição que compõem o Legislativo enfrentam dificuldades para conseguir aprovar requerimentos em Plenário.

A situação recorrente nas Casas de Leis do Brasil fez com que um vereador de Guiricema, Minas Gerais, recorresse ao Poder Judiciário para conseguir informações da Prefeitura. O tema chegou ao STF e por unanimidade os ministros entenderam que o parlamentar na condição de cidadão, pode exercer plenamente seu direito fundamental de acesso à informação de interesse pessoal ou coletivo.

Segundo o especialista em direito administrativo, Yves Drosghic, a decisão impacta em todas as casas legislativas do país. “Muitas casas legislativas daqui para frente que tiverem vereadores com interesse dessa repercussão geral vão poder pedir a modificação do regimento interno para que não comporte mais a votação para o pedido de requerimento ir direto para o prefeito. Onde não houver a regra, o vereador pode ir direto à Justiça”, explicou.

No Estado, um vereador de Dois Irmãos do Buriti já iniciou as tratativas para mudança do regimento interno da Câmara Municipal. “O vereador não pode ser tolhido do direito dele de fiscalizar. É umas das suas atribuições. Isso também está na lei de acesso informação, lei de transparência, só que não é respeitado. Vão criando-se mecanismo para ir dificultando o acesso a informações que são públicas”, pontuou o especialista.

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