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Política

Recebimento indevido de salário leva vereadora à cassação

Ká Nogueira foi denunciada pelo Ministério Público e, por isso, foi alvo de processo da Câmara

Nyelder Rodrigues | 29/09/2021 10:16
Ká Nogueira votando em sessão realizada na noite de ontem (28), em Chapadão do Sul. (Foto: Reprodução/MS Todo Dia)
Ká Nogueira votando em sessão realizada na noite de ontem (28), em Chapadão do Sul. (Foto: Reprodução/MS Todo Dia)

Foi cassado na noite de ontem (28), em Chapadão do Sul – cidade localizada a 321 km de Campo Grande –, o mandato de vereadora de Katiusce Martins Nogueira (MDB), durante sessão na Câmara Municipal. Ela teve 3 votos contra sua cassação, mas acabou perdendo o mandato com 6 votos a favor da medida.

A emedebista foi denunciada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por ter recebido pagamentos como servidora pública, na função de psicóloga, ao mesmo tempo em que esteve em Brasília (DF), participando de congresso de vereadores.

Ainda conforme a denúncia, ela não teria aberto mão dos pagamentos e, assim, recebeu salário mesmo sem trabalhar no período que viajou para o congresso em Brasília. Diante da situação, a Câmara também resolveu abrir processo interno contra a vereadora, por quebra de decoro parlamentar.

Conforme a defesa de Katiuscia, que usa o nome político de Ká Nogueira, a denúncia era frágil e não demonstrava nenhuma má-fé por parte da vereadora, segundo relata o site MS Todo Dia. Em contraponto, a presidente da Casa frisou que não houve perseguição à colega e o motivo da abertura do processo foi o recebimento de ofício do MP.

Ká Nogueira é de Cassilândia e foi eleita em 2020, com 374 votos. Psicóloga formada, ela tem 46 anos e era uma dos nove parlamentares que compõem o Legislativo municipal de Chapadão do Sul. Ela e Alline Tontini, presidente da Câmara, são as únicas mulheres a ocupar cadeira na atual legislatura sul-chapadense.

A cassação de Nogueira ainda precisa ser publicada em Diário Oficial para ser válida. Ká também ainda pode recorrer judicialmente da decisão e voltar à Casa, mas enquanto isso não ocorre, ela deve ser substituída por Almira Conelhero Alves Souza, conhecida como Professora Almira, que recebeu 373 votos em 2020, ficando como suplente.

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