Reinaldo pede celeridade, mas diz que reforma pode ficar para março
Proposta está na Assembleia Legislativa de MS e há expectativa de votação em regime de urgência
Embora espere celeridade na aprovação da reforma administrativa e outros projetos de economia da máquina estadual, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse nesta quinta-feira (23) que a votação deve ficar para março. Ontem, o secretário de Governo, Eduardo Riedel, pediu aos deputados estaduais para que eles votem o texto em regime de urgência.
Quando o Executivo Estadual entregou a proposta, que promete economia de até R$ 234 milhões, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Junior Mochi (PMDB), havia dito que a medida podia ser votada esta semana ou depois do carnaval. A expectativa do governo é aprovação o "mais rápido possível".
“Os deputados têm responsabilidade e receberam muito bem o projeto. Espero que seja aprovada em março”, afirmou hoje o governador, lembrando que o secretário de Governo conversou com os parlamentares, tirando possíveis dúvidas. Para Reinaldo, como é uma matéria que trata da estrutura interna do governo, a demanda não vai gerar impasse ou discussão na casa de leis.
Ainda serão votadas outras duas propostas, a reforma Previdenciária e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Gastos. A questão da Previdência também deve ficar para março, enquanto a emenda não tem prazo para votação.
Mesmo assim, o governador afirmou que acredita na celeridade nas votações. “Até pela urgência em economizar gastos para poder investir em áreas importantes, como infraestrutura, Caravana da Saúde e programas sociais”, citou.
Segundo Azambuja, o Executivo Estadual “teve coragem” ao propor as medidas que “são necessárias neste momento”. “Estes projetos não para o governo e sim para o bem da população”.
Impasse – Os deputados ainda lidam com o impasse na escolha do presidente da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), principal comissão e a responsável por autorizar o andamento de todos os projetos de leis.
Lídio Lopes (PEN), então presidente, e Beto Pereira (PSDB), querem assumir o comando do colegiado, até para que as votações das propostas não atrasem. “Essa é uma questão interna dos deputados, mas entendo que até semana que vem os dois blocos (dos tucanos e peemedebistas) vão conseguir resolver a equação e chegar a um consenso”.