Mochi tenta resolver impasse em comissão para não atrasar reformas
Presidente vai tentar buscar um acordo entre os blocos do PSDB e PMDB, sobre a presidência da CCJR
O presidente da Assembleia, o deputado Junior Mochi (PMDB), vai interceder nos próximos dias junto aos líderes dos blocos do PMDB e PSDB, para que cheguem a um acordo sobre a presidência da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação). A intenção é evitar que este impasse, possa atrasar ou atrapalhar a votação dos projetos e reformas, no legislativo.
"Vamos tentar buscar um acordo e interceder neste assunto, até para que a CCJR possa ter uma definição, e os projetos e as reformas vindas do Executivo, não tenha prejuízo em tempo, em função deste impasse", disse o presidente.
Na prática, a principal comissão da Casa de Leis pode se reunir e emitir parecer sobre os projetos, sob o comando provisório do deputado Pedro Kemp (PT), o integrante mais velho do grupo, mas esbarra no entendimento e acordo político entre os blocos, em relação ao número de integrantes que cada partido tem direito, nas comissões.
"Hoje a tarde e amanhã de manhã vamos nos reunir com os integrantes da comissão, para se chegar uma solução, vou fazer a minha parte e o que me cabe nesta história", disse Mochi, que estava ontem (21), em Brasília, com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e não presenciou este atrito na eleição da CCJR.
Impasse - O impasse ocorreu ontem (21), durante a eleição da presidência da CCJR, na Assembleia. Após avaliar que estava em desvantagem nos votos, o deputado Beto Pereira (PSDB), requisitou que houvesse uma nova distribuição de vagas para as comissões, de acordo com o regimento, o que mudaria os atuais integrantes, gerando o adiamento do pleito.
Beto alegou que havia um acordo para que ele fosse presidente, mas como este não seria cumprido, resolveu recorrer ao regimento, para que cada comissão tivesse três representantes do grupo tucano, e apenas um do PT e do PMDB. Atualmente a divisão está em dois (integrantes) para cada bloco e um para bancada petista.
Já Lídio Lopes (PEN), outro interessado na presidência, alega que havia desde o ano passado, um acordo para que ele permanecesse neste cargo. "Tínhamos três votos a nosso favor, mas a eleição não ocorreu, se for para mudar a distribuição na CCJR, então terá que mudar em todas".
Urgência - Mochi também adiantou que primeiro vai resolver este impasse na formação da CCJR, para depois definir com os líderes partidários, se o projeto da reforma administrativa do governo, vai ser tramitado em regime de urgência, como pede o executivo, ou se segue os prazos normais, previstos no regimento.
O secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, se reuniu nesta manhã (22), com os deputados, na Assembleia Legislativa, e pediu justamente "celeridade" e rapidez na votação da reforma administrativa, enquanto que a PEC dos gastos públicos, pode seguir no seu trâmite normal.