Prefeitura vai decretar emergência e liberar vacina para todos
Decreto válido por 90 dias é reflexo do aumento dos casos de doenças respiratórias e superlotação em postos
Em reunião emergencial neste sábado (26), a Prefeitura de Campo Grande anunciou medidas para remediar a crise na saúde municipal causada pelo aumento de SRAG )(Síndrome respiratória Aguda Grave) e outras doenças sazonais. De janeiro até agora, a cidade registrou 70 mortes por conta da doença e enfrenta superlotação em unidades de saúde e falta de leitos.
RESUMO
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A Prefeitura de Campo Grande anunciou medidas emergenciais para enfrentar a crise na saúde municipal, causada pelo aumento de síndromes respiratórias. Entre as principais ações está a liberação da vacina contra gripe para toda a população, exceto crianças menores de seis meses, e a publicação de decreto de emergência com validade de 90 dias. A situação é especialmente crítica entre as crianças, com mais de 70 óbitos por síndrome respiratória grave desde janeiro, incluindo seis crianças menores de quatro anos. A Capital está no primeiro nível de alerta epidemiológico, com ocupação hospitalar acima de 100% e predominância dos vírus Influenza A e VSR.
Entre elas, já está autorizada a liberação da vacina contra a gripe para todos a partir de amanhã (27), com exceção a crianças com menos de seis meses. Atualmente, apenas grupos mais vulneráveis podem se imunizar.
Outra é o decreto de emergência com validade de 90 dias que será publicado ainda hoje. A medida vai permitir que o Município faça compras diretas e aplique mais verbas no que for urgente. A previsão é que seja publicado hoje, em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).
Foram sete as medidas apresentadas na reunião, no total. As demais são:
- Criar um plano de contingência de atendimento pediátrico, sendo o PAI (Pronto Atendimento Infantil) do CRS (Centro Regional de Saúde) a referência apenas para os casos graves e as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Coronel Antonino e destinadas para atendimento pediátrico 24 horas. Poderá haver transferências entre UPAs;
- Mais funcionários, mais materiais e medicamentos, além da reestruturação física necessária;
- Parceria técnica e financeira com a Secretaria de Estado de Saúde e Ministério da Saúde;
- Parceria com a sociedade e imprensa;
- Comunicar à população as medidas de prevenção e tratamento.
Participaram da reunião a prefeita Adriane Lopes (PP), a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, a vice-prefeita Camilla Nascimento e os vereadores Silvio Pitu (PSDB), Maicon Nogueira (PP), Veterinário Francisco (União) e Wilson Lands (Avante).
Crianças preocupam - Segundo Rosana, a situação é crítica principalmente entre as crianças.
"Entre as crianças, isso está sendo realmente considerado uma das grandes preocupações nossas, da nossa prefeita. Nós já temos mais de 70 óbitos por síndrome respiratória grave desde janeiro até agora. Nos últimos meses nós tivemos óbitos de quatro crianças, crianças abaixo de quatro anos, tivemos óbitos de mais duas crianças abaixo de um mês e uma com um mês", disse.
Diante disso, a recomendação é cuidado com bebês, principalmente. "O mais importante, toda criança abaixo de seis meses, não pode sair muito de casa, tem que evitar aglomeração, grandes visitas. O sistema imunológico dos bebês é muito frágil ainda, está em formação", alertou.
Nível um - Segundo avaliação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a Capital está no nível um na escala de quatro níveis de alerta epidemiológico.
O cenário é de:
- Aumento de casos;
- Tendência de alto risco de aumento de circulação de vírus e doenças nas próximas quatro a seis semanas;
- Aumento do tempo de permanência nos leitos hospitalares e locais de pronto atendimento;
- Deficit de leitos, com ocupação acima de 100% (pacientes ficam nos corredores);
- Não foi possível aumentar quantidade de leitos pediátricos na rede pública e privada;
- Influenza A e VSR (vírus sincicial respiratório) respondem à maioria dos casos.
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