Crianças sofrem com falta de leitos na Capital; interior terá mais 10
Há 8 pacientes entubados aguardando leitos na Santa Casa e no Hospital Regional de MS
Durante reunião realizada na manhã deste sábado (26) para dar respostas ao aumento de doenças respiratórias em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) comentou que a falta de leitos é crítica neste momento e que as crianças pequenas são as mais afetadas.
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A atual ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal na Capital é de 107%. Os 7% acima da capacidade total significam que há bebês já sendo atendidos nos hospitais, mas de forma improvisada, sem a acomodação e os cuidados ideais.
Há quatro crianças entubadas na enfermaria do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul e mais quatro na enfermaria de Santa Casa de Campo Grande, esperando por leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrico segundo dados apresentados pela pasta.
Na primeira instituição, há seis disponíveis e 20 crianças internadas. Na segunda, são seis leitos para 14 internadas.
Caso no Regional - Com apenas 1 ano e 10 meses, Pedro Henrique Neitzke é uma das crianças que aguarda leito no Hospital Regional e está entubado na área vermelha do pronto atendimento médico.
"Meu filho está há dois dias internado na área vermelha e precisa urgentemente de vaga no CTI (Centro de Terapia Intensiva). Precisa de cuidados especiais por ser uma criança especial, não há leitos, está desesperador aqui. Os profissionais estão fazendo o que podem, mas não está sendo suficiente. É o apelo de quem não sabe mais a quem recorrer", disse a mãe Rafaella Neitzke.
Ela apela por vaga, mas diz entender a gravidade da situação. "Está tudo lotado e sei que os profissionais do hospital estão de mãos atadas", lamenta.
Estado vai ajudar - O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, confirmou hoje que o Estado irá instalar 10 novos leitos pediátricos em Três Lagoas para aliviar um pouco a sobrecarga de Campo Grande. Rosana havia adiantado a notícia durante a reunião.
O objetivo é evitar que pacientes de outras cidades sejam encaminhados para a Capital e superlotem os hospitais. O problema é antigo e tem relação com o número insuficiente de leitos nos demais municípios.
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