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Política

Líderes buscam acordo para evitar "racha" na base aliada do governo

Impasse ocorreu na eleição para definir presidente da CCJR

Leonardo Rocha | 21/02/2017 13:28
Lídio Lopes e Eduardo Rocha conversam durante a sessão (Foto: Assessoria/ALMS)
Lídio Lopes e Eduardo Rocha conversam durante a sessão (Foto: Assessoria/ALMS)
Beto Pereira diz que se não tiver acordo, vai exigir cumprimento do regimento (Foto: Assessoria/ALMS)
Beto Pereira diz que se não tiver acordo, vai exigir cumprimento do regimento (Foto: Assessoria/ALMS)

Os líderes dos blocos do PSDB e PMDB, buscam acordo na definição da presidência da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), para evitar um "racha" na base aliada do governo, justamente no momento, em que começam a chegar as reformas do executivo estadual.

O impasse ocorreu nesta manhã (21), durante a eleição da presidência da CCJR, quando os deputados Lídio Lopes (PEN) e Beto Pereira (PSDB),almejavam o comando da comissão. Como estava em desvantagem nos votos, o tucano recorreu ao regimento, exigindo uma nova distribuição nas vagas dos partidos, para as comissões.

Por esta razão, a eleição foi adiada. O líder do bloco do PMDB, o deputado Eduardo Rocha (PMDB), disse que vai buscar um entendimento entre as partes, para evitar este atrito e uma mudança geral das comissões.

"Não é hora de briga, precisamos estar juntos para ajudar o Estado, deixar os projetos importantes acima das vaidades", pontuou.

Eduardo salientou que havia um acordo entre os blocos, para que o comando da CCJR, ficasse com o PSDB. "É hora de articular com os dois lados, evitar uma disputa desnecessária e chegar a um acordo, você ajeita de um lado, cede do outro".

Beto Pereira, líder do bloco do PSDB, disse que se não houver este "acordo" na CCJR, vai requisitar uma mudança em todas as comissões, com seu bloco indicando três representantes para cada uma, enquanto que o PT e o bloco do PMDB, teria apenas um representante.

"Nosso bloco tem 12 integrantes, então se seguir o regimento, vamos ter direito a três vagas, mas havia um acordo de cavalheiros com o PMDB, para que cada um (bloco) indicasse dois, porém se um trato for desfeito, o outro também deixa de valer", explicou o tucano.

Do outro lado, Lídio Lopes, que faz parte do bloco do PMDB, alega que havia um acordo entre os deputados, para que ele continuasse presidente da CCJR, por mais este ano. "Já tinha os três votos para vencer a eleição, mas se forem requisitar esta mudança (distribuição), tem que ocorrer em todas as comissões", disse ele.

Base - Os dois blocos liderados pelo PSDB e PMDB formam a base aliada do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com 20 deputados, número que garante ao tucano maioria em todas as votações no legislativo. A oposição fica apenas com a bancada do PT, que tem quatro integrantes.

O bloco tucano é formado pelos deputados: Rinaldo Modesto, Beto Pereira, Onevan de Matos, Flávio Kayatt, Felipe Orro, Mara Caseiro e Maurício Picarelli do PSDB, além de Zé Teixeira (DEM), Paulo Corrêa (PR), Grazielle Machado (PR), Coronel David (PSC) e Herculano Borges (SD).

Já o outro bloco tem Eduardo Rocha, Márcio Fernandes, Junior Mochi, Paulo Siufi, Renato Câmara e Antonieta Amorim do PMDB, além de Lídio Lopes (PEN) e George Takimoto (PDT).

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