Reinaldo promete reformar malha ferroviária e Odilon quer parcerias
Trilhos tem mais de 100 anos e problemas há décadas; abandono foi tema de reportagem especial do Campo Grande News
Alternativa para o escoamento do que é produzido em Mato Grosso do Sul, o transporte ferroviário é negligenciado há décadas. Para os dois candidatos ao governo do Estado, contudo, é preciso revitalizar a malha ferroviária.
Reinaldo Azambuja tem projeto concreto: a construção da Ferrovia Transamericana. A ideia é buscar recursos para reformar os trilhos da região oeste de Mato Grosso do Sul.
A linha férrea faz parte do projeto do corredor bioceânico que pretende criar alternativas logísticas para ligar os oceanos Atlântico e Pacífico, reduzindo distância e custo de exportação de mercadorias para a Ásia. A ideia é facilitar o transporte entre o porto de Santos aos portos chilenos e peruanos.
“A Transamericana passa por Mato Grosso do Sul e a diferença é que até agora Corumbá era fim de linha e vai ser meio de linha. Isso é ganho de competitividade”, comentou.
Já Odilon de Oliveira, candidato do PDT, afirma que a reforma da malha só será possível com parcerias com a União e a iniciativa privada. “Há um planejamento sim, depende de estudo bem detalhado para verificar a viabilidade econômica, mas isso depende de uma parceria”.
Sem dar mais nenhum detalhe, o juiz federal fala também na retomada do trem de passageiros e diz que pretende buscar empresários do turismo.
A ferrovia na história – Os caminhos de ferro foram abertos em Mato Grosso do Sul há mais de 100 anos, em 1914.
A ferrovia foi executada em duas frentes: uma de Porto Esperança, próximo a Corumbá, e a outra de Três Lagoas. A junção foi feita em uma estação entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo.
Problemas – No sábado (13), um trem com 24 vagões em Aparecida do Taboado – a 481 km de Campo Grande –, o que pode ser evidência da precariedade da malha.
Ainda não há detalhes sobre o que causou o descarrilhamento. Mas, segundo relato do maquinista ao Corpo de Bombeiros, o condutor da composição disse ter sentido um dos vagões “saltar” no momento em que passava pela conexão. Houve então o choque com outro trem, que estava parado.
De Corumbá a Três Lagoas, o abandono é visível. Confira mais na reportagem especial de Aline dos Santos.