Secretário vê queda na receita sem RDM e fala em mudanças para reajuste
O secretário municipal de Governo, Rodrigo Pimentel, informou esta tarde que a busca de recursos para possibilitar o pagamento do reajuste dos servidores municipais também terá foco na melhoria do sistema de cobrança de débitos tributários, enfraquecido depois do rompimento do contrato com a RDM – Recuperação de Crédito Ltda, e na obtenção de descontos de fornecedores.
A fonte principal para garantir receita R$ 300 milhões maior neste ano, valor necessário segundo o prefeito Gilmar Olarte (PP) para assegurar o reajuste de 18,3% para os professores, deve ser o incremento do ISS (Imposto Sobre Serviços) e ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Intervivus).
Pimentel apontou que a Prefeitura de Campo Grande não estava preparada para substituir a RDM na cobrança dos débitos tributários. “A queda na arrecadação foi alta”, informou o secretário. “Estamos conversando no sentido de aperfeiçoar o sistema de informação para melhorar a arrecadação na parte de cobrança”, explicou.
A RDM fechou as portas no dia 3 junho e já nesse mês a prefeitura sentiu os efeitos negativos. A receita com multas e juros de mora, que inclui a dívida ativa com IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ISS e ITBI, despencou 73,9% em junho em relação ao mês anterior, caindo de R$ 2,381 milhões para apenas R$ 620,9 mil.
Outra mudança que está sendo estudada, segundo Rodrigo Pimentel, é reduzir as despesas. “Nosso plano de ação prevê negociação com fornecedores da prefeitura para a busca de descontos”, afirmou. Também haveria estudo sobre mudanças no IPTU.