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Política

Sem mulheres, deputados admitem prejuízo e "vácuo" no Legislativo

Para tentar reduzir o prejuízo, deputados prometem assumir pautas para o público feminino

Leonardo Rocha | 08/03/2019 09:20
Deputados Paulo Corrêa (PSDB), José Carlos Barbosa (DEM), Márcio Fernandes (MDB), Gerson Claro (PP), Evander Vendramini (PP), Antônio Vaz (PP) e Rinaldo Modesto (PSDB), durante sessão (Foto: Assessoria/ALMS)
Deputados Paulo Corrêa (PSDB), José Carlos Barbosa (DEM), Márcio Fernandes (MDB), Gerson Claro (PP), Evander Vendramini (PP), Antônio Vaz (PP) e Rinaldo Modesto (PSDB), durante sessão (Foto: Assessoria/ALMS)

Sem mulheres na Assembleia, os deputados admitem prejuízo e "vácuo" nas políticas públicas neste setor, no entanto prometem projetos, ações, campanhas e debates ao público feminino, principalmente em temas como a violência e feminicídio, que Mato Grosso do Sul segue com índices altos, em relação à média nacional.

Na eleição do ano passado, dos 344 candidatos a deputado estadual, apenas 103 eram mulheres, ou seja, 30% deste grupo que concorria às 24 cadeiras na Assembleia. No entanto o resultado foi ainda pior, porque não foi eleita nenhuma mulher para o legislativo. Este fato se tornou destaque negativo, já no final das apurações dos votos.

Na legislatura passada, haviam três deputadas entre os 24, sendo que Grazielle Machado (PSD) e Antonieta Amorim (MDB), sequer foram para disputa eleitoral. Já Mara Caseiro (PSDB) foi em busca do terceiro mandato, no entanto ficou como suplente da chapa, que tinha candidatos do PSDB e DEM. Sem representação, os parlamentares prometeram “preencher” esta lacuna.

Para isto foi criado já no começo do ano, a Frente Parlamentar em Defesa da Mulher, que tem dez deputados, sob a coordenação de Marçal Filho (PSDB). “Falta este representação e vai ficar um vácuo aqui no legislativo, por isso cada deputado precisa assumir esta questão e apresentar projetos e ações voltadas às mulheres”.

Marçal disse que esta frente poderá propor audiências, reuniões, projetos e campanhas com este objetivo. “Será um fórum adequado para tratar de diversas áreas em defesa do público feminino, desde direito, emprego, até a violência”.

Presidente da comissão de defesa dos direitos e combate a violência contra à mulher, o deputado Cabo Almi (PT) quer focar a atividade do grupo em projetos em relação ao feminicídio e violência doméstica. “Temos que ampliar o debate sobre isto, pois houve aumento (feminicídio), o que mostra que a proteção ainda é falha”.

Programas - O petista vai propor um programa chamado de “Patrulha Maria da Penha”, que segundo ele, já é desenvolvido na Bahia. “São policiais militares que acompanham de forma periódica as vítimas de violência, para monitorar e impedir que existam novas agressões, ou até um assassinato”.

Para Evander Vendramini (PP) a ausência das mulheres na Assembleia será um grande prejuízo, não apenas pela defesa do publico feminino, mas para outros temas que sempre trazem soluções e contribuições ao Parlamento. “Vai fazer muita falta. Nos resta é colocar os gabinetes à disposição, para defendermos estas pautas”.

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