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Política

Senadora de MS quer incluir pedaladas de 2014 em processo contra Dilma

Antonio Marques | 22/04/2016 17:36
A senadora Simone Tebet diz cogitar incluir as pedaladas fiscais de 2014 no processo de impeachment no Senado (Foto: Agência Senado)
A senadora Simone Tebet diz cogitar incluir as pedaladas fiscais de 2014 no processo de impeachment no Senado (Foto: Agência Senado)

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) cogita incluir as pedaladas fiscais cometidas em 2014, período do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), no processo de impeachment no Senado. Porém, reconhece que se essa medida será feita somente se não for atrasar o rito do processo na Casa.

Simone disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), recusou alguns procedimentos como a prática do mesmo crime de responsabilidade que teria sido cometido no primeiro mandato, mas para evitar questionamentos ele decidiu deixar somente as pedaladas do ano passado, conforme a senadora.

Tebet argumenta que existe uma linha de defesa em que o gestor não poderia ser julgado por uma ação cometida em outro mandato, mas ela afirma que há jurisprudência em prevê a perda de mandato quando há continuidade. “Entendo que teremos que avaliar essa possibilidade, mas não quero atrapalhar o rito no Senado”, observa.

A senadora, que já havia declarado a favor do afastamento da presidente Dilma do cargo, passou a ser mais cuidadosa em suas declarações após ser indicada a uma das vagas do PMDB na Comissão Especial do Impeachment no Senado.

A Comissão ficou completa hoje, 22, com a indicação do bloco governista, em que foram indicados os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), José Pimentel (PT-CE), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Telmário Mota (PDT-RR). Na próxima segunda-feira, 25, os membros da Comissão vão votar o nome do presidente e o relator.

O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) é o indicado para ser o presidente, e Antonio Anastasia (PSDB-MG), o nome para assumir a relatoria. No entanto, a confirmação será feita por meio do voto dos integrantes da Comissão. O bloco governista já questionou o nome do senador do PSDB para ser o relator.

Simone Tebet acredita que não deve haver problema na permanência do nome de Antonio Anastasia para relatar o processo. “É um senador preparado, com condições de fazer um bom parecer”, garante a peemedebista. Além da senadora, o senador Valdemir Moka (PMDB-MS) é o segundo sul-mato-grossense a compor a Comissão.

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