Servidor usa entrega de cestas básicas para atrair famílias até reunião política
Áudio de servidor da Prefeitura de Nova Andradina vazou nas redes sociais
O servidor da Prefeitura de Nova Andradina, Marcílio Caetano da Silva, convidou moradores do distrito de Casa Verde para reunião política e para atraí-los, mencionou a entrega de “cestas básicas”, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Em áudio que vazou nas redes sociais, ele convida os moradores para reunião na rua Rondônia, na Casa Verde, que teria a presença do atual prefeito da cidade, Gilberto Garcia (PL), candidato à reeleição, além da secretária de Assistência Social, Juliana Ortega, e o candidato a vereador Rogério de Souza (PDT).
“É uma reunião de propostas, de tantos compromissos que vamos fazer aqui na Casa Verde. Preciso que as famílias marquem presença nesta reunião. Já confirmei com a Juliana (Ortega), para que a partir da semana que vem, terça ou quarta-feira, seja entregue para cada família ou integrante do grupo uma cesta básica. Ela fechou este compromisso comigo”, descreve ele no áudio.
Marcílio é servidor efetivo da prefeitura, na função de Gestor de Ações Sociais, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social, como coordenador do Centro de Convivência de Casa Verde. Tentamos entrar em contato com ele, mas não obtivemos retorno.
Entregas – Em entrevista ao Campo Grande News, o prefeito Gilberto Garcia explicou que a reunião política não tem “nada a ver” com a entrega de cestas básicas no distrito, que segundo ele, são itens repassados a moradores carentes do local há 49 meses. “Fazemos todo mês esta entrega no dia 15, para as pessoas carentes do distrito que já são cadastradas, por estarem em extrema pobreza”.
O prefeito citou que esta cesta tem leite em pó, arroz feijão e materiais para limpeza. “Se trata de um apoio que é dado pela prefeitura e que comecei em 2012, na minha gestão passada, sendo exclusivo para o distrito de Casa Verde, em função das famílias carentes”. Segundo o gestor, não existe nenhuma irregularidade e não se trata de “compra de votos”.