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Política

Sindicato dos guardas entra com ação contra vereadores

Em sessão, Marcos Tabosa e Tiago Vargas afirmaram que sindicato pediu veto de emenda sobre periculosidade

Por Mylena Fraiha | 06/02/2024 18:40
Guardas municipais ficam de braços dados após falas em sessão na Câmara dos Vereadores (Foto: Reprodução/Youtube)
Guardas municipais ficam de braços dados após falas em sessão na Câmara dos Vereadores (Foto: Reprodução/Youtube)

SindGM-CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande) protocolou uma ação na Justiça contra os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande, Marcos Tabosa (PDT) e Tiago Vargas (PSD), após falas "polêmicas" de ambos durante a sessão plenária da Câmara Municipal desta terça-feira (6).

Na ocasião, o vereador Marcos Tabosa teria afirmado que em 2021 o presidente do SindGM-CG, Hudson Bonfim, e o vice, Alberto da Costa Neto, teriam realizado um acordo com a antiga gestão para vetar ou manter o veto contra uma emenda parlamentar que garantia o pagamento da gratificação de periculosidade aos Guardas Municipais.

"Vieram nesta casa pedir para os vereadores votarem contra a periculosidade das vossas excelências", afirmou Tabosa durante fala na sessão de hoje.

Já o vereador Tiago Vargas, que era o presidente da comissão de segurança pública da casa em 2021, afirmou que foi procurado pela liderança do SindGM-CG para vetar a emenda parlamentar.

Alvos da ação, vereadores Marcos Tabosa e Tiago Vargas discursam durante sessão ordinária na Câmara dos Vereadores (Foto: Reprodução)
Alvos da ação, vereadores Marcos Tabosa e Tiago Vargas discursam durante sessão ordinária na Câmara dos Vereadores (Foto: Reprodução)

Entretanto, após as falas, o SindGM-CG protocolou uma ação contra os vereadores para que apresentem os documentos que alicerçam tal alegação. "Impõe grave dano à imagem do sindicato e dos seus diretores, sendo cabível a presente interpelação para que venha a lume o suposto abaixo-assinado mencionado aos gritos pelo aludido vereador Tabosa", diz o sindicato no documento judicial.

No documento, o SindGM-CG também aponta que as falas dos vereadores levantaram "dúvidas sobre a idoneidade moral do sindicato e de seus diretores", afirma em trecho da interpelação judicial encaminhada à Vara Cível Residual da Comarca de Campo Grande.

Os pedidos da interpelação incluem a intimação dos vereadores para prestarem esclarecimentos, o pagamento das custas processuais e a entrega dos autos aos autores após a finalização do processo.

Além disso, requerem um prazo de 15 dias para a juntada de instrumento de procuração, conforme estipulado pelo estatuto da OAB (Ordem dos Advogados Brasileiros).

Respostas - Ao Campo Grande News, o vereador Tiago Vargas afirmou que "não retira uma vírgula" de suas falas feitas na manhã de hoje, na Câmara dos Vereadores.

"Ele [Bonfim] precisa assumir as responsabilidades. Na época, ele entrou em contato comigo e com outros vereadores para manter o veto da periculosidade e da insalubridade. Agora, se ele fez acordos escusos e esses acordos não foram cumpridos, ele não deve trazer a responsabilidade para dentro da Câmara de Vereadores e jogá-la sobre os vereadores", disse o vereador Tiago.

Ele também afirmou que está aberto a esclarecimentos futuros. "O meu telefone está disponível para quebra de sigilo e verdades aos fatos", disse.

A reportagem tentou contato com o vereador Marcos Tabosa. Em resposta, ele disse que o jurídico tomará "as devidas providências" quando receber a notificação.

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