Temer pede à Petrobras para tratar "com carinho" crise do gás de MS
Deputados, senadores e o governador estão reunidos hoje com o presidente da estatal para tentar reverter a perda do ICMS
A busca pela resolução da crise do gás em Mato Grosso do Sul chegou ao presidente Michel Temer (PMDB). O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) disse que esteve com o presidente na quinta-feira (9) e pôde explicar um pouco o quadro alarmante que o Estado enfrenta devido à perda na arrecadação do ICMS do gasoduto GasBol.
De acordo com Moka, o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), pediu uma audiência para falar com Temer sobre o assunto. Mas, ontem mesmo, depois do encontro, o presidente teria ligado para o diretor da Petrobras, Pedro Parente, e pedido que a situação fosse tratada com “bastante carinho”.
Moka disse a Temer que a expansão da produção nacional de gás natural da Petrobras, extraído do pré-sal, cujo consumo iniciou este ano, substituindo o combustível importado da Bolívia, que passava por Mato Grosso do Sul, representa perdas de R$ 700 milhões na arrecadação de ICMS do Estado e que 25% desse valor é repartido aos municípios e compõe a principal fonte de receita de muitos deles.
“Além do Estado, vários municípios vão entrar em colapso se não tivermos essa receita”, alerta o senador.
O Estado passou de uma realidade de arrecadação com a importação do gás natural de 18,18% do total de ICMS, em 2014, para 5,67% em 2017, o que deu início à crise no setor. Em 2015, esse percentual caiu para 16,60% e e 11,51% em 2016.
A bancada federal de Mato Grosso do Sul já está reunida com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, em São Paulo. De acordo com o senador Waldemir Moka, além dele, o presidente da Assembleia, Junior Mochi (PMDB), o deputado federal Geraldo Rezende (PMDB), o senador Pedro Chaves (PSC) e a senadora Simone Tebet (PMDB) e o governador participam da reunião.