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Política

TJ autoriza perícia em imagens e WhatsApp de celulares de investigados

Aline dos Santos | 05/09/2015 10:21
Alceu Bueno, que renunciou a mandato de vereador após denúncia de exploração sexual, teve celular apreendido.  (Foto: Marcos Ermínio)
Alceu Bueno, que renunciou a mandato de vereador após denúncia de exploração sexual, teve celular apreendido. (Foto: Marcos Ermínio)

O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) autorizou o afastamento de sigilo nos dados contidos nos celulares e chips dos investigados na operação Coffee Break, que apura esquema de compra de voto de vereadores para cassação do prefeito de Campo Grande em 2014.

O pedido à Justiça foi feito pelo MPE (Ministério Público do Estado). Conforme a decisão, foi quebrado o sigilo da dados que tenham relação com o objeto de investigação, “notadamente aqueles referentes à agenda telefônica, aos arquivos de texto, áudio e vídeo, aos arquivos de fotos, às mensagens de texto (SMS) e às mensagens trocadas por meio de aplicativos de conversas, a exemplo do whatsapp”.

A perícia técnica será supervisionada pelo Tribunal de Justiça. No dia 25 de agosto, a operação, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), deteve 13 pessoas: nove vereadores, um ex-vereador e três empresários. Na ocasião, o desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva determinou a apreensão de 17 aparelhos de telefonia móvel.

No dia da operação, foram obrigados a prestar depoimento os vereadores Mario Cesar (PMDB); Edil Albuquerque (PMDB); Airton Saraiva (DEM); Waldecy Batista Nunes (PP), o Chocolate; Gilmar da Cruz (PRB); Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão; Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB) e Jamal Salem (PR).

Também prestaram depoimento o ex-vereador Alceu Bueno, que renunciou após escândalo de exploração sexual, e os empresários João Amorim (dono da Proteco Construções), Fábio Portela Machinsky e João Roberto Baird (proprietário da Itel Informática).

Todos tiveram o aparelho celular recolhidos. Na mesma situação, estão Gilmar Olarte (PP) e os vereadores Eduardo Romero, Flávio César e Otávio Trad. Os três parlamentares são da bancada do PTdoB.

A operação Coffee Break resultou no afastamento de Gilmar Olarte do comando da prefeitura. Mario Cesar também foi afastado da presidência da Câmara. Pela linha sucessória, o Poder Executivo seria assumido pela vice-presidente da Casa de Leis, Flávio César. Contudo, no mesmo 25 de agosto, mas em processo diferente, Alcides Bernal (PP) foi autorizado a reassumir a prefeitura após um ano e cinco meses de ser cassado pela Câmara Municipal.

Perícia – Os 17 celulares apreendidos estão no IC (Instituto de Criminalística). O foco dos peritos deve ser tentar recuperar as mensagens deletadas, pois a equipe que atua nas fez um levantamento prévio do que existe nos aparelhos.

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