Câmara pede ao TJ/MS documentos e gravações da operação Coffee Break
A Câmara Municipal enviou ofício ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) solicitando mais provas documentais e gravações da operação Coffee Break. Na ação, realizada há uma semana pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), nove vereadores foram detidos para depoimento sobre a cassação de Alcides Bernal (PP). Com a operação, o vereador Mario Cesar (PMDB) foi afastado do comando da Casa de Leis.
Segundo o atual presidente da Câmara, Flávio César (PTdoB), o ofício foi encaminhado ontem ao desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva. Segundo ele, a medida foi tomada porque na sexta-feira a Câmara recebeu documento do MPE (Ministério Público do Estado) cobrando providência em relação aos vereadores investigados. A Câmara precisa analisar se houve quebra de decoro parlamentar.
Flávio César afirma que remeteu o documento à Procuradoria Jurídica da Câmara e vai responder ao MPE dento do prazo de cinco dias úteis. “Todas as medidas serão tomadas segundo as regras regimentais”, salienta.
A lista de vereadores alvos da investigação é composta por: Mario Cesar (PMDB); Edil Albuquerque (PMDB); Airton Saraiva (DEM); Waldecy Batista Nunes (PP), o Chocolate; Gilmar da Cruz (PRB); Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão; Edson Shimabukuro (PTB) e Paulo Siufi (PMDB). Além de Jamal Salem (PR), que ainda era secretário municipal de Saúde.
Ontem, o Poder Legislativo também recebeu, por meio do advogado, a defesa do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP), que deixou a prefeitura num dos desdobramentos da Coffeee Break. Olarte é alvo de uma Comissão Processante pela denúncia de falta de decoro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.