TRE inicia busca por 20 mil mesários, mas há muitos voluntários garantidos
Trabalhar como mesário em eleição, de forma voluntária, sem receber dinheiro, somente a favor da democracia, da cidadania e os benefícios, apenas isso. Mato Grosso do Sul necessita de 20 mil mesários por eleição, de acordo com o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral). Além dos convocados já há alguns anos, o órgão iniciou o apelo para atrair voluntários para as eleições deste ano.
Entre as pessoas que já exercem a função há alguns anos, engana-se quem acha que falta disposição e vontade. “Sou mesária há oito anos, em uma eleição que fui votar, distribuíram um formulário, preenchi e desde então não parei mais, nem quero. Quis saber como era e gostei. A sensação é de estar ajudando, exercendo meu papel de cidadã”, comenta a aposentada Marilúcia do Nascimento, 57 anos.
De acordo com a aposentada, ela tem um perfil bom para exercer a função, afinal não é e nunca teve afeto por nenhum partido. “Não tem problema em ser voluntária. Sou também na AACC (Associação de Apoio à Criança com Câncer)”, lembra Marilúcia.
Outra mesária, a advogada Francielia Campos Peixoto, 37 anos, já exerce a função há cinco anos. Ela minimiza ceder um ou dois dias a cada dois anos. “Eles que me convocaram, foi uma ótima experiência, não achei ruim. É uma maneira de exercer a cidadania. Fora que ganho os benefícios, como dois dias de folga, certificado e preferência em desempates de concursos”, exalta.
O turismólogo Juliano Hypolito Ferreira, 34 anos, é presidente de sessão, e não nega a satisfação de trabalhar sim, pelos benefícios. Ele pode conseguir até dez dias de folga por eleição. “Não vou negar, trabalhar um dia e ganhar dois é muito bom. Como sou presidente de sessão, no primeiro turno tenho que comparecer em três dias, se houver 2º turno, mais dois, chegando até dez dias de folga”, revela.
Convocado a primeira vez em 2008, ele lembra que quando jovem via a mãe trabalhando e ficou interessado. “Desejo participar de todas eleições. Por prestar serviço ao país. Ajudar no processo democrático”, completa Juliano.
Todos entrevistados contam que nunca presenciaram e tiveram que conter nenhuma informação ou tomar providencia, como chamar a polícia. “Só uma vez que um senhor bem velhinho, já tinha votado e foi votar de novo. Ele bateu o pé que não tinha votado, mas acho que pela idade, ele já tinha esquecido”, comenta Marlúcia.
“Os mais velhinhos e os adolescentes chamam mais atenção, pois não tem nem obrigação de votar, mas estão ali porque querem. Você sente a vontade de ajudar o país na escolha dos seus comandantes”, ressalta Francielia.
Como funciona – Toda eleição o TRE-MS convoca praticamente as mesmas pessoas que participaram das últimas eleições. “Existe uma base de dados desses convocados. E se monta outra base para os voluntários”, explica Marcos Rafael Coelho, membro do grupo trabalho mesário voluntario do TRE-MS.
Requisitos - Para trabalhar como mesário, é necessário que o eleitor seja maior de 18, tenha concluído o ensino médio, não tenha grau de parentesco até o segundo grau com candidato a cargo eletivo, tenha disponibilidade para prestar serviço à Justiça Eleitoral e esteja em pleno gozo de seus direitos políticos.
Benefícios - São oferecidos a todos aqueles que desejam compor as mesas receptoras de votos em eleições vários benefícios, como: dois dias de folga para cada dia de convocação, auxílio-alimentação ou alimentação, no dia da eleição, ajuda de custo para o combustível do Presidente da Mesa, desempate em concurso público, se previsto no edital, reconhecimento como atividade extra-curricular aos universitários das faculdades conveniadas e certificado de serviços prestados à Justiça Eleitoral.
As inscrições para mesário voluntário deste ano podem ser em cartórios eleitorais e através do link: http://www.tre-ms.jus.br/eleitor/mesario-voluntario.
Maiores dúvidas podem ser esclarecidas pelo email: mesariovoluntario@tre-ms.jus.br.