Vereador vai recorrer da decisão que mandou excluir vídeo contra governador

O vereador Tiago Vargas (PSD) disse que pretende recorrer da decisão judicial, que determinou a retirada do ar de vídeo em que ofende o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB). O parecer é da 1ª Câmara Cível do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), definido em julgamento ocorrido na tarde desta terça-feira (16).

Tiago disse ter recebido com muito "espanto" e "estranheza" a notícia, uma vez que na primeira instância, havia conseguido manter os vídeos no ar, sob a prerrogativa da imunidade parlamentar, que lhe permitia fazer manifestações públicas contra o governador, mesmo fora das atividades legislativas.

"Eu teci uma critica dentro do município, dentro da minha jurisdição,  então se caber recurso eu estarei recorrendo. Eu não ficarei calado em situações que são contrárias aos anseios da população, independentemente se é algo envolvendo o governador do estado ou não, para mim pouco importa a pessoa, mas sim a situação e o contexto", comentou.

No vídeo em questão, o vereador responsabiliza Reinaldo pela realização de blitze de trânsito e o chama de bandido. “Reinaldo Azambuja, você não tem vergonha na cara, um dos piores bandidos do Estado é você, você deveria estar preso, seu corrupto, seu canalha”, disse o vereador em vídeo publicado no Facebook no 2 de julho desse ano.

"Assim como o governador perdeu na primeira instância, ele recorreu, ganhou na segunda eu também estarei recorrendo em estâncias superiores. Faz parte do processo democrático brasileiro então vamos em busca da justiça. Vale lembrar que está é uma liminar para retirada do vídeo o mérito em questão estará sendo julgado posteriormente", concluiu.

Retirada - Na petição inicial, o advogado de Reinaldo, Ary Raghiant Neto, sustentou que Vargas não está protegido pela imunidade parlamentar neste caso, já que o comentário do parlamentar foi feito fora da Câmara e não tem relação com o município. Na primeira instância, a defesa do vereador convenceu o juiz Maurício Petrauski, da 9ª Vara Cível de do contrário. Agora, os desembargadores da 1ª Câmara decidiram por maioria que Vargas deve retirar o material do ar.