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Reportagens Especiais

Campo Grande tem ipê, mas outras flores também embelezam a cidade

Luciana Brazil | 30/08/2014 10:59
Campo Grande tem ipê, mas outras flores também embelezam a cidade
O corredor de flores na Avenida Ricardo Brandão, atrai quem se encanta pelo rosa das paineiras. (Foto: Arquivo Campo Grande News)
O corredor de flores na Avenida Ricardo Brandão, atrai quem se encanta pelo rosa das paineiras. (Foto: Arquivo Campo Grande News)

Conhecida como a cidade do ipês, Campo Grande tem também a beleza de outras flores. Entre diversas cores, espécies como a quaresmeira, flamboyant, manacá da serra, paineiras, jacarandá mimoso e o cipó de São José dão o ar da graça pelas ruas da Cidade Morena. Moradores ou visitantes se encantam com as cores e a imponência de espécies que colorem o céu em épocas diferentes. Em 2012, a cidade foi eleita a mais arborizada do país, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De cada 100 residências, 96 tinham uma árvore.

A beleza é tamanha que não é difícil encontrar apaixonados pelas árvores. A arquiteta Mariana Carneiro, 26 anos, pode se considerar uma personagem perfeita para tal posto. O coração fala mais alto ao dar de cara com flores amarelas, brancas, roxas entre tantas outras. O amor é tanto que a arquiteta coleciona fotos e mais fotos de seus encontros floris pela cidade.

“Sempre gostei, mas quando comecei a fazer o curso de florais, passei a estudar a essência das flores e me encantei”, lembrou ela.

Ipê amarelo atrai fotógrafos de belas paisagens. (Foto: Marcos Ermínio)
Ipê amarelo atrai fotógrafos de belas paisagens. (Foto: Marcos Ermínio)

No floral, ela explica, o manacá da serra representa o amor universal, e a paineira o amor de mãe: “Quando quiser sentir amor de mãe é só sentar embaixo dela”, brinca, contando empolgada o que aprendeu.

A história com as flores resultou em uma extensa galeria de fotos que ela guarda com carinho. Ao ver uma árvore florida ou uma planta com cores vibrantes, Mariana se deleita e logo dá o “click" para registrar o momento. “E dá para não ficar encantada? Dá para não achar lindo? Eu gosto de abraçar os ipês”, disse Mariana.

Na Avenida Fernando Corrêa da Costa, o corredor florido parece mais um quadro feito a mão na época em que a espécie começa a florir. O rosa das paineiras, que se estendem até a Avenida Ricardo Brandão, transforma a paisagem em uma bela pintura.

Os flamboyants são tão comuns na cidade, que um bairro cheio deles ganhou o nome da árvore. Percorrendo outras ruas encontramos jacarandás, quaresmeira, manacá da serra e até o cipó de são josé, um pouco menos frequente.

Ipê rosa parece mais uma pintura feita com detalhes. (Foto: Marcos Ermínio)
Ipê rosa parece mais uma pintura feita com detalhes. (Foto: Marcos Ermínio)

Nossos ipês floridos - Para a árvore do cerrado, sobram elogios. O ipê, além de símbolo de Campo Grande, pode ser visto facilmente, bem na época em que a cidade está comemorando aniversário. São mais de 18 mil pés no perímetro urbano da cidade, segundo a prefeitura.

A maioria dos campo-grandenses sabe dizer o endereço certo de um deles. A árvore, que pode chegar a 25 metros de altura, é encontrada em vários cantos da cidade e em bairros diferentes.

Primeiro, vêm a florada dos ipês rosas, depois dos amarelos, que agora estão colorindo a paisagem. O ipê rosa costuma florir em meados de junho, enquanto os amarelos e brancos nos meses de agosto e setembro. No entanto, não há regras para o surgimento das flores, que podem aparecer em qualquer época do ano. Primeiro, as árvores ficam ficam secas e “peladas”, para depois receber as flores novas, que duram cerca de 30 dias.

A beleza se estende pelo Estado e até na beira da estrada, no caminho para o Pantanal, é possível encontrar os ipês. João Carlos Penhavel, 46 anos, admira a beleza das árvores quando segue viagem para o Pantanal. “Às vezes estaciono o carro para fotografá-las. Passando por Miranda (a 201 quilômetros de Campo Grande) é possível ver muitos ipês”, confessou o funcionário público.

A arquiteta Mariana é apaixonada pelas árvores e suas cores. Ipê rosa no Parque das Nações Indígenas. (Foto: Arquivo Pessoal/ Mariana Carneiro)
A arquiteta Mariana é apaixonada pelas árvores e suas cores. Ipê rosa no Parque das Nações Indígenas. (Foto: Arquivo Pessoal/ Mariana Carneiro)

No Parque das Nações Indígenas, o ipê pode ser visto por quem mora na região, vista privilegiada. Segundo biólogos, são 120 gêneros do ipê, cerca de 800 espécies.

Outro que não deixa uma bela foto passar em branco é o educador físico Lindomar Teixeira, 38 anos. “Campo Grande é um lugar abençoado”, disse ele sobre a cidade florida. Morador do Carandá Bosque, Lindomar passou de carro pela Avenida Mato Grosso, e de lá viu a pontinha de um ipê amarelo na avenida que, ainda interditada, será a continuação da Avenida Antônio Teodorowich.

Assim como Mariana e João Carlos, Lindomar resolveu estacionar o carro para fotografar o belo ipê amarelo que se estende ao céu. Até parecia que os três entrevistados tinham combinado o local e a hora com a equipe de reportagem. Todos, além de nós, queriam fotografar o ipê que fica do lado de dentro de uma clínica.

A coincidência só deixou ainda mais transparente a existência da paixão de gente que mora na cidade, mas vê o florido com o encanto, como se fosse a primeira vez.

Confira a galeria de imagens:

  • Os flamboyants deram nome a um bairro da cidade. (Foto: Arquivo pessoal / Mariana Carneiro)
  • Abraçada a um ipê a arquiteta demonstra o amor pela árvore. (Foto: Arquivo pessoal/ Mariana carneiro)
  • Quaresmeira próximo a Lagoa Itatiaia, no Bairro Tiradentes. (Foto: Arquivo pessoal/ Mariana Carneiro)
  • João Carlos e Lindomar registram o ipê amarelo. (Foto: Marcos Ermínio)
  • A beleza das flores encanta moradores e visitantes. (Foto: Marcos Ermínio)
  • João Carlos encontra ipês também quando vai ao Pantanal.(Foto: Marcos Ermínio)
  • Ao lado da amiga, Mariana estacionou o carro para fotografar mais um ipê. (Foto: Marcos Ermínio)
  • O jacarandá mimoso colore a vista de quem passa pela Rua Jeribá, próximo ao Shopping Campo Grande. (Foto: Arquivo pessoal/ Mariana carneiro)
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