Número de mortes caiu, mas 2015 teve até vítima do trânsito boiando na água
Alta velocidade, imprudência, irresponsabilidade e embriaguez ao volante são, na maioria das vezes, causas de acidentes graves que terminam em tragédias. Em Campo Grande, de janeiro até o dia 16 de dezembro deste ano, foram registrados 86 casos com óbitos e, conforme a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), houve queda de 23% se comparado com 2014, quando foram 112 casos.
No dia 18 de janeiro deste ano, Victória Nunes, 17 anos, caiu no Córrego Segredo após o namorado Tiago Ângelo de Lima, 22, que pilotava uma moto Twister, perder o controle da direção e bater em uma árvore na Avenida Ernesto Geisel, centro da cidade. Ela sofreu vários ferimentos, chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu pouco depois na Santa Casa.
Na época, testemunhas contaram que o jovem empinava a moto quando perdeu o controle. A namorada, então, foi lançada às águas do córrego e levada pela correnteza por pelo menos 200 metros até ser resgatada, na altura da rua Tonico de Carvalho, por um monitor de segurança, ainda antes da chegada do resgate.
Já Tiago sofreu ferimentos leves. O rapaz foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por homicídio culposo por dolo eventual, quando não há intenção de matar, mas assume os riscos dos acontecimentos.
Em setembro, na madrugada do dia 13, Daniel Henrique Rodrigues Corrêa, 24 anos, sofreu vários ferimentos e morreu após colidir contra um poste. O rapaz conduzia um Palio na contramão na Rua 14 de Julho, quando perdeu o controle da direção e bateu na estrutura.
Acidente trágico na manhã do dia 22 do mês passado tirou a vida de Hediene Sousa Queiroz de Araújo, 26 anos. A vítima foi atingida por uma caminhonete S-10 durante perseguição policial.
Ela estava em uma motocicleta com o filho, de 6 anos, quando foi atingida. O motorista da S-10 tinha acabado de roubar o veículo e fugia da polícia. A colisão foi na Avenida Ernesto Geisel com a Graciliano Ramos, região do Conjunto Aero Rancho, em Campo Grande.
No dia 5 de dezembro, Wiwiany Barbosa de Andrade morreu após bater a motocicleta Biz em um poste de energia elétrica na Avenida Gunter Hans, no Bairro Aero Rancho. A batida foi tão forte que provocou rachaduras no poste e no capacete da jovem.
Wiwiany morreu um dia depois de completar 19 anos. No dia do acidente, testemunhas informaram que a jovem havia sido fechada por um veículo.
Mais recente, no dia 14 deste mês, Mariane Oliveira, 17 anos, morreu após o namorado dela, um adolescente de 16 anos, perder o controle da direção de um HB 20 Sedan e colidir contra poste na Avenida Nasri Siuf, esquina com a Rua Restinga, no Jardim Tarumã, saída para Sidrolândia. Com a colisão, a estrutura de cimento caiu sobre a passageira, que morreu no local.
No dia do acidente, o pai do condutor, um cobrador de ônibus contou, que o filho e a namorada cursavam o segundo ano do ensino médio na Escola Estadual Padre José Scampini, no Bairro Coophavila 2. Contou que o filho sempre costumava dar uma volta na quadra quando lavava o carro. No entanto, atribuiu o acidente a falta de experiência do filho, que não tinha o hábito de pegar uma avenida movimentada como a Nasri Siufi, que é prolongamento da Avenida Lúdio Martins Coelho e interliga a Avenida Duque de Caxias e o anel rodoviário.