Bonito na contagem regressiva para a volta do turismo

Paulo Nonato de Souza | 25/06/2020 07:17

Cachoeiras e piscinas naturais, atrativos e passeio com duração de 4 horas na Estância Mimosa (Foto: Daniel De Granville)

Faltam só seis dias para a retomada do turismo em Bonito, um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil. O momento é de contagem regressiva para a volta no dia 01 de julho, quarta-feira da próxima semana, depois de três meses e 11 dias de paralisação das atividades por conta da pandemia do coronavírus, e será um retorno discreto e limitado ao cumprimento dos protocolos sanitários e de biossegurança.

É assim que Bonito está se preparando para a retomada do turismo, atividade responsável por cerca de 80% da economia local. Nem poderia ser diferente, considerando que o momento ainda é de preocupação e incerteza sobre a maior crise sanitária do planeta das últimas décadas.

“Estamos nos organizando para receber bem os nossos clientes, dentro das normas. São tantos protocolos que tenho até medo do turista achar que está chegando em um hospital e não em um destino de ecoturismo”, comentou Adriana Merjann, proprietária da agência Bonito Way Turismo.

A Estância Mimosa Ecoturismo, por exemplo, está anunciado nas agências da região passeios diários de 4 horas de duração por seus atrativos. O pacote inclui 10 cachoeiras, banho em piscina natural, plataforma de salto, observação de aves e trilha pela mata ciliar do Rio Mimoso, com a ressalva de que todas as medidas de prevenção ao novo coronavírus serão aplicadas para garantir a segurança de visitantes e colaboradores.

Entre as ações previstas para a retomada estão a intensificação da higienização dos ambientes e equipamentos, medição de temperatura dos visitantes, horário agendado e distanciamento social. Os passeios terão grupos de nove turistas e o guia, e o serviço de buffet será substituído pelo sistema a lá carte, ou seja, vai ser servido o que o cliente escolher no cardápio.

“Temos consciência de que tudo vai acontecer aos poucos e devagar, que isso no atual momento é bom”, disse Kassilene Carneiro Cardadeiro, proprietária da agência H2O Ecoturismo e do Bonito Ecotel. “No Ecotel agendamos a reabertura para esta sexta-feira”, ressaltou ela.

Um dos cenários mais completos de belezas naturais, Bonito oferece a vantagem de ter a maioria dos seus atrativos em ambientes ao ar livre, fator considerado importante no enfrentamento ao vírus.

“Estar em contato com a natureza é essencial para a saúde humana, em especial em um momento como este. Além de todos os benefícios que oferece, como ar puro, águas cristalinas e paisagens exuberantes, proporciona relaxamento e inspirações para a vida”, diz nota divulgada pela assessoria do Grupo Rio da Prata, responsável pela Estância Mimosa Ecoturismo, distante 25 km do centro de Bonito.

Outros destinos do Grupo Rio da Prata também retomarão a partir de 01 de julho. Os visitantes ainda terão as opções da Lagoa Misteriosa e Recanto Ecológico, em Jardim, município distante apenas 69 km de Bonito.

É importante que os visitantes observem os diferentes tipos de protocolos estabelecidos para cada segmento, como os receptivos, trilhas, hotéis, restaurantes, passeios de cachoeira, flutuação, enfim, cada qual com suas regras de proteção contra o coronavírus.

No caso da Estância Mimosa, entre as principais medidas de biossegurança estão o uso de máscaras (obrigatório) e álcool 70% em gel para uso de visitantes, distanciamento social (padronização de distância segura de no mínimo 1,5 metros) e medição de temperatura corporal com entrevista sobre sintomas visando identificar pessoas portadoras de sintomas da COVID-19. É recomendado que os visitantes tenham suas próprias máscaras, preferencialmente mais de uma unidade, caso suje ou molhe.

Conforme os protocolos, serão disponibilizados Equipamentos de Proteção Individual para que os funcionários dos atrativos façam a higienização de todas as superfícies de contato manual com álcool 70% ou desinfetante clorado e de todos os equipamentos usados por visitantes, e poderá ser exigido o uso de EPIs por visitantes, quando necessário.